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Traficante do PCC pediu para mudar de cela dias antes de fugir em Teixeira de Freitas

Gilmar Rodrigues de Souza lidera facção na cidade de Nova Viçosa

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 8 de julho de 2025 às 13:00

Gilmar escapou depois de pedir troca de cela no presídio de Teixeira de Freitas Crédito: Reprodução

A fuga de quatro detentos do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia, fez com que Gilmar Rodrigues de Souza, 40 anos, que é mais conhecido como ‘Gilmazinho’, deixasse o sistema penal depois de oito anos preso. O traficante, que tem vinculação antiga com o Primeiro Comando da Capital (PCC), chegou a passar duas vezes pelo presídio de segurança máxima de Serrinha, mas voltou à Teixeira recentemente e pediu para trocar de cela poucos dias antes de fugir do presídio.

De acordo com fonte policial consultada pela reportagem, a solicitação fez com que GIlmazinho, que lidera uma facção de Nova Viçosa e é um homicida perigoso, fosse colocado em uma cela de triagem enquanto decidiam para onde ele seria transferido. Foi justamente nessa cela que, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), o traficante e outros três detentos cavaram um buraco na parede por onde conseguiram escapar na madrugada de segunda-feira (7).

Ainda segundo a fonte, o pedido de Gilmazinho teria sido feito com a justificativa de que ele não fazia mais parte da facção, o que o colocava em risco por estar em uma cela com integrantes do grupo. “Ele possuía vínculo antigo com o PCC de Minas Gerais, mas, nos últimos dias, procurou a administração para pediu para mudar de lugar como se tivesse se desvinculado desse grupo. Por isso, estava na cela de triagem no momento da fuga”, fala o policial, que prefere não se identificar.

Paulo Sérgio Gomes Cardoso, preso por homicídio por Reprodução

A fuga dos detentos foi registrada por volta da meia-noite, mas o fato de Gilmar ter solicitado mudança recente de local levanta a hipótese de que a escapada dele possa ter sido uma ação planejada. No entanto, não há detalhes sobre a relação entre a liderança criminosa e os outros três criminosos que foram identificados como Felipe de Freitas Lima, Paulo Sérgio Gomes Cardoso e Joales Jesus de Souza.

Felipe estava preso após ser acusado, em 2019 com outros sete comparsas, de um homicídio qualificado e por ser encontrado com drogas para tráfico. Paulo Sérgio Gomes Cardoso foi preso em 2019 depois de executar um homem por conta de uma disputa territorial entre grupos criminosos na cidade de Prado. Já Joales Jesus de Souza, o quarto e último fugitivo, estava preso desde o ano em de 2014, quando foi denunciado por crime de estupro em Teixeira de Freitas.

Em novembro de 2024, uma operação deflagrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) apreendeu 57 celulares, 22 armas brancas, além de sete carregadores no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.

Buscas foram realizadas em 58 das 65 celas em funcionamento, e mais de 500 custodiados foram revistados. Em meio à operação, o então diretor da penitenciária, Rodrigo Tavares Figueiredo Costa, foi exonerado do cargo. Ao CORREIO, ele justificou que a saída da posição foi um pedido feito por ele, relacionado a questões pessoas.