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Trancistas baianas assinam manifesto pela regulamentação da profissão

Encontro reuniu trancistas na manhã desta quarta-feira (11), no Hub Salvador, no Comércio

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2023 às 22:04

Trancistas lutam pela inclusão da atividade na na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)  Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Trancistas baianas participaram, na manhã desta quarta-feira (11), da Reunião Extraordinária das Trancistas da Bahia, evento realizado no Hub Salvador, no bairro do Comércio, para falar sobre a importância da atividade e abordar a regulamentação da profissão.

O primeiro objetivo das trancistas é a inclusão da atividade na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Elas acreditam que isso abriria caminhos para melhores condições de trabalho, fixação de piso salarial, amparo jurídico e outros direitos fundamentais para a categoria.

Durante a reunião, estiveram presentes Michele Reis (Fala Trancista) e Denise Melo (Baiana Braids). Foi aberta uma roda de conversa, em que todas as trancistas puderam contar suas histórias e expor suas opiniões e expectativas.

Ao final do evento, todas assinaram um manifesto com as demandas, que serão entregues ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pelas mãos da vereadora Ireuda Silva ((Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice-presidente da Comissão de Reparação.

Segundo Ireuda, a importância da regulamentação vai além da luta pelos direitos trabalhistas. “Trata-se de uma categoria que contribuiu para a economia brasileira e tem uma relevância histórica e cultural secular. A arte trancista não é só uma profissão, mas patrimônio nacional. A regulamentação é também uma forma de reconhecer e legitimar essa tradição, permitindo a fixação de um piso salarial, dignidade e apoio governamental e legal como ocorre hoje em qualquer outra profissão. É uma luta por direitos, por reconhecimento”, destaca.

Há oito anos atuando como trancista, Denise Melo, 31, é proprietária de um salão especializado em trançar cabelos, que funciona de segunda a sábado. Ela conta que o grande volume de clientes fez com que precisasse contratar trancistas auxiliares para o salão, mas que, na contratação, teve dificuldade para estabelecer pagamentos a esses auxiliares.

“Se a profissão fosse regulamentada teríamos um piso salarial para o pagamento correto, contrato de trabalho com registro na CTPS, direitos e garantias fundamentais como qualquer trabalhador tem. A regulamentação da profissão de trancista é importante para garantir padrões de qualidade, segurança e ética na prática desse ofício”, defende.

Outro benefício que a regulamentação pode trazer, de acordo com a trancista Silvia Tatiana Moscoso, 41, é a maior qualificação profissional. “A regulamentação pode exigir que os trancistas tenham uma formação específica e qualificação para exercer a profissão, o que pode melhorar a qualidade dos serviços prestados e aumentar a confiança dos clientes”, aponta.