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Transplante: saiba quais as etapas de segurança para doação na Bahia

Na Bahia, até o final de setembro, 3.736 pessoas estavam na lista de espera

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2024 às 05:30

Transplante de órgão
Transplante de órgão Crédito: Shutterstock

Seis pessoas foram contaminadas pelo vírus HIV após realizarem transplante de órgãos no Rio de Janeiro, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (11). Assim como os cariocas, os baianos também aguardam para receber o procedimento. Levando em consideração processos credenciados pelo Ministério da Saúde, a doação passa por várias etapas de segurança, desde histórico de doenças a avaliação de alterações anatômicas nos órgãos utilizados.

No estado, até o final de setembro, 3.736 pessoas estavam na lista de espera. Segundo Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes (SET), os registros se dividem entre transplantes renais, com 1.979 pessoas; córnea, com 1.718; e fígado, com 39.

Ele explica que, para entrar na lista, o paciente precisa passar por uma avaliação médica para verificar se ainda há outras opções de tratamento, já que o transplante, que consiste na substituição de um órgão ou tecido por outro, é a última alternativa. "As equipes são credenciadas tanto pelo estado quanto pelo Ministério da Saúde. No momento que ele [paciente] entra para a lista de transplante, ele entra para a lista do estado. Para o doador, a gente tem critérios para evitar a possibilidade de transmissão de doença. Vemos o histórico de doenças, se tem alguma alteração anatômica naquele órgão que impossibilite o transplante e avaliações objetivas que fazemos para prevenir a transmissão de doenças infecto-contagiosas. Estes critérios são os critérios utilizados no Brasil", informa. Ele acrescenta que a fila é composta majoritariamente por pacientes que aguardam rins e córneas devido à alta taxa de mortalidade associada a outros órgãos. "Se um paciente que está na fila não faz um transplante de coração ou pulmão, a chance de morte é muito maior", relata.

Eraldo também destaca que, atualmente, a avaliação de compatibilidade genética, utilizada para reduzir a chance de rejeição do novo órgão no corpo do paciente, é realizada em dois laboratórios: um no Hospital das Clínicas e outro no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer (Gaac). Já os exames sorológicos dos doadores são realizados pela Hemoba. "Todo órgão que a gente transplanta, o corpo tende a não reconhecer como sendo dele. Para isso, a gente tem as medicações para reduzir ou evitar a rejeição. A gente chama de imunossupressores. Eles diminuem um pouco a imunidade do transplantado para evitar que aquele órgão seja rejeitado", diz.

Para doar, o coordenador esclarece que há duas categorias de doadores: vivos e falecidos por morte encefálica. No primeiro caso, é permitido doar rins, fígado e medula óssea. Já no segundo, é possível doar múltiplos órgãos e tecidos, como coração, pulmão, pâncreas, intestino, córnea, entre outros. No caso de morte encefálica, a doação é realizada mediante consentimento da família do doador.