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Universidade baiana recebe 21 cabras da Ilha de Abrolhos para estudos científicos

Animais são considerados um 'tesouro genético' pelos pesquisadores, por se adaptarem a ambiente com escassez de água

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 11:27

Cabras serão usadas em pesqusias
Cabras serão usadas em pesqusias Crédito: Divulgação

O campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) em Itapetinga recebeu 21 cabras da Ilha de Abrolhos, onde os animais viveram isolados por mais de 200 anos. Acredita-se que os caprinos foram deixados pelos navegadores coloniais para garantir a subsistência nas expedições. Na Bahia, eles serão usados para estudos científicos.

Consideradas um "tesouro genético" por sua adaptação à falta de água, essas cabras podem ter características genéticas que lhes permitiram sobreviver em um ambiente sem fontes de água doce. O professor Ronaldo Vasconcelos, especialista em conservação de recursos genéticos, destaca que esses genes podem ser valiosos para o manejo de caprinos em regiões semiáridas, podendo tornar os animais mais resistentes à escassez de água.

Após chegarem ao campus, as cabras passaram por quarentena para monitoramento da adaptação e cuidados sanitários, já que, devido ao longo isolamento, não têm resistência a doenças comuns do continente, como parasitas. "Eles nunca tiveram contato com carrapatos, e um único carrapato pode ser fatal", alerta o professor Ronaldo.

O professor Dimas Oliveira, responsável pela disciplina de melhoramento animal, ressalta a importância dessa população para a pesquisa científica e a criação de caprinos no semiárido, com apoio de instituições como a Embrapa, que também participa da preservação genética.

A remoção das cabras de Abrolhos foi necessária devido ao impacto ambiental na Ilha e à proteção de um santuário de aves. A operação envolveu várias instituições, incluindo o ICMBio e a Marinha do Brasil. Durante a captura, os animais foram identificados com brincos e microchips, e amostras de DNA foram coletadas para análise da origem e parentesco com caprinos do continente.

Se for confirmada a singularidade genética, Uesb e Embrapa planejam um programa de conservação, incluindo a ampliação do rebanho e a distribuição do material genético para produtores rurais.