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Da Redação
Publicado em 29 de março de 2019 às 09:18
- Atualizado há 2 anos
Aos 90 anos, a cineasta belga-francesa Agnès Varda morreu na madrugada desta sexta-feira (29). A artista lutava contra um câncer desde o ano passado. A informação foi confirmada pela família à agência de notícias France Press.>
Matriarca na Nouvelle Vague, Agnès Varda trouxe para o cinema francês - e talvez mundial - uma nova perspectiva sobre o feminino na dramaturgia, em temas como maternidade e aborto. >
Em 2017, ela recebeu um Oscar honorário, concedido a artistas pelo conjunto da obra, em cerimônia realizada em Hollywood. No prêmio deste ano, o seu documentário Visages, Villages (2017) era um dos favoritos na competição, mas perdeu para Ícaro (Icarus, Brian Fogel e Dan Cogan, 2017). O filme mais recente da diretora, feito em parceria com o grafiteiro JR, venceu em maio do ano passado o prêmio de melhor documentário no Festival de Cannes. >
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Agnès Varda nasceu em Bruxelas, Bélgica, em 30 de maio de 1928, como Arlette Varda. Filha de um grego e uma francesa, ela estudou História da Arte e trabalhou como fotógrafa Teatro Popular Nacional em Paris. Ela foi casada por o diretor de cinema Jacques Demy, entre 1962 e 1990. >
A carreira de Agnés se iniciou após ajudar nas filmagens de um amigo, na década de 1950. Anos depois, ela lançou seu primeiro filme, La Pointe Courte.>
Seus filmes têm como características a narrativa documental, com traços da produção mais experimental. Durante os 60 anos de carreira, Agnès já produziu 52 filmes. Em suas produções, sempre provocou o espectador a pensar sobre o feminismo, em diversas faces (inclusive a sua própria, visto que ela também apareceu em seus próprios documentários), a partir de suas personagens femininas protagonistas no filme, mas que são marginalizadas dentro da história. >