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Carol Neves
Publicado em 4 de setembro de 2025 às 12:56
As exportações do agronegócio baiano registraram uma virada em julho. Pela primeira vez no ano, a Espanha ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o segundo principal destino dos produtos do setor, atrás apenas da China.>
Segundo o relatório de exportações do agronegócio, divulgado pela Assessoria Econômica do Sistema Faeb/Senar, os espanhóis compraram US$ 36,8 milhões em mercadorias baianas no mês. No mesmo período, os norte-americanos reduziram suas importações para US$ 35 milhões, após terem movimentado mais de US$ 55 milhões em junho.>
A mudança ocorre em meio ao anúncio do “tarifaço” de 50% imposto pelo governo dos EUA sobre alguns produtos brasileiros. A medida, inicialmente prevista para 1º de agosto e adiada para o dia 6, não é apontada no relatório como causa direta da retração, mas especialistas consideram que a simples expectativa da nova barreira pode ter influenciado as negociações.>
Entre os itens mais vendidos aos Estados Unidos estão celulose (42,4%), manteiga e óleo de cacau (31,8%) e sucos de frutas (9%). Já a pauta de exportação para a Espanha é distinta, com predominância da soja em grãos (69,5%), seguida por café verde (19,6%) e mangas frescas ou secas (5,9%).>
Apesar da troca de posições entre os dois parceiros comerciais, a China segue como o grande destino do agro baiano. Entre janeiro e julho de 2025, o país asiático concentrou a maior fatia das exportações, com destaque para soja, celulose e fibras têxteis. Após três meses de retração, julho marcou a retomada das vendas para o mercado chinês, reforçando sua condição de principal cliente da Bahia.>