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Classe média do México cresce, mas ainda é minoria da população Cidade do México

Alguns analistas defendem que o México já é um país de classe média

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 01:36

 - Atualizado há 2 anos

Estadão Conteúdo

Um estudo oficial estabeleceu que o México ainda não é um país de classe média. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia, ainda que a classe média tenha tido um rápido crescimento na primeira década do século 21, a maioria dos mexicanos, até 2010, estava ainda dentro de um estrato social baixo. Divulgado hoje, o estudo da pesquisa nacional de receitas e despesas, realizado pelo organismo, apontou que, em 2010, 59,13% dos mexicanos eram de classe baixa, 39,16% de classe média e apenas 1,71% de classe alta.

Segundo o instituto, a classe média aumentou em quatro pontos percentuais. O organismo destacou que o objetivo é contribuir para os debates gerados nos últimos anos sobre o crescimento da classe média no país, e não impor critérios definitivos. Tentar estabelecer o tamanho da classe média e suas características tem sido um assunto complexo em um país de 112 milhões de habitantes com grande desigualdade social onde vive um dos homens mais ricos do mundo e também pessoas em situação de extrema pobreza. “Faz uns dois anos que o México começou a suscitar um debate sobre se é ou não é um país de classes médias”, afirmou o Instituto Nacional de Estatística e Geografia.

Alguns analistas defendem que o México já é um país de classe média, a partir de certos padrões de consumo e da autopercepção. O Instituto não estabelece medidas precisas sobre a classe média, mas lista algumas de suas características: os domicílios desse estrato contam, ao menos, com um computador, gastos em torno de 4.400 pesos (340 dólares) ao trimestre em alimentos e bebidas fora da residência, alguns de seus integrantes têm um cartão de crédito, ao menos uma pessoa trabalha no mercado formal e é chefiado por alguém com o “bachillerato” (o equivalente ao Ensino Médio, no Brasil).

O Banco Mundial, por exemplo, utiliza as receitas para descrever a classe média e considera que integram esse estrato quem tem ativos suficientes, educação e reservas para se proteger de choques como o desemprego, as doenças e as crises econômicas. O organismo internacional tem estimado que, para estar na classe média, uma pessoa deve ganhar acima de 10 dólares por dia. O Instituto Nacional de Estatística e Geografia declara que o país está distante de ser de classe média quando se divide em zonas urbanas e rurais, cujas estimativas são distintas.

O organismo mexicano informa que, em nível urbano, 47% das pessoas são de classe média, em contraste com as áreas rurais, onde somente 26% da população pertence a esse estrato. Um estudo do Banco Mundial, divulgado em novembro, demonstrou que, na América Latina, a classe média aumentou em 50%, ao passar de 103 milhões, em 2003, para 152 milhões, em 2009. O instituto também considerou que pertencer à classe baixa não é o mesmo que estar na pobreza, que, segundo as estatísticas oficiais, afeta 42% da população.

“Eventos catastróficos no interior da residência, como a perda súbita do principal provedor, ou a ocorrência de uma doença ou de um acidente grave entre seus integrantes, podem ser fatores decisivos para que esse segmento incorra em pobreza, o mesmo que um episódio hiperinflacionário ou uma recessão econômica profunda no plano econômico”, afirma o instituto. Acrescentou ainda que “a condição de pobreza flutua mais que o pertencimento a uma classe social propriamente dita”.