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Tharsila Prates
Publicado em 22 de abril de 2025 às 22:47
O cardeal italiano Angelo Becciu, envolvido no escândalo da compra de um edifício por 200 milhões de euros em Londres e destituído de cargos na Cúria Romana, pretende participar da votação que vai eleger o novo papa após a morte de Francisco, nessa segunda-feira (21). A expectativa é que o conclave - como é chamada a cerimônia de escolha do novo pontífice - ocorra entre os dias 6 e 11 de maio.>
Os processos contra Becciu resultaram em uma condenação em primeira instância a cinco anos e seis meses de prisão, com recurso marcado para o próximo outono. Sua suposta participação já é considerado o primeiro conflito do conclave.>
Em 2020, durante as investigações, Francisco aceitou a renúncia de Becciu aos direitos cardinais. Foi afastado do cargo de Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, mas manteve seu título - daí sua alegação atual de poder participar do conclave. O número de votantes são cerca de 130. Desses, sete são brasileiros. Dois cardeais já anunciaram que não participarão por questões de saúde.>
Becciu também foi citado no caso de pedofilia envolvendo o cardeal George Pell, que, depois, foi absolvido. Ele teria enviado 700 mil euros a testemunhas para fortalecer a acusação - rumor desmentido pelas autoridades australianas.>
Apesar dos processos, em 2021, Francisco celebrou a Missa da Ceia do Senhor na capela privada de Becciu, onde tradicionalmente almoçava com padres romanos.>
As informações são do jornal El País e La Nacion.>