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Carol Neves
Publicado em 9 de abril de 2025 às 13:36
Apesar dos registros históricos que confirmam o suicídio de Adolf Hitler em 30 de abril de 1945 no bunker de Berlim, documentos recentemente liberados pela CIA revelam que os serviços de inteligência norte-americanos continuaram caçando possíveis pistas do líder nazista na América do Sul por pelo menos uma década após o fim da Segunda Guerra Mundial. >
Os arquivos mostram que, mesmo com a autópsia soviética que identificou os restos mortais de Hitler através de registros dentários - e a posterior destruição de seu corpo pela KGB em 1970, restando apenas fragmentos em Moscou -, agentes americanos investigaram relatos de que ele teria fugido para a Argentina ou Colômbia. >
Um relatório de outubro de 1945, obtido pelo Departamento de Guerra dos EUA, apontava um hotel em La Falda, Argentina, como possível refúgio. O documento descrevia os proprietários como antigos financiadores do Partido Nazista que mantinham estreitos laços com Hitler desde os anos 1920. "O local já havia feito preparativos para recebê-lo caso precisasse de um refúgio seguro", afirmava o texto. >
Em 1955, um informante codinome "CIMELODY-3" relatou à CIA o testemunho de Phillip Citroen, que se dizia ex-membro da SS. Citroen afirmava ter convivido com um homem chamado "Adolf Schrittelmayor" na Colômbia, que seria Hitler disfarçado, e forneceu uma foto dos dois juntos. A imagem foi copiada secretamente pela CIA, que chegou a abrir investigação, mas arquivou o caso por considerá-lo improvável. >
Essas investigações ressurgem agora que o presidente argentino Javier Milei anunciou a liberação de todos os arquivos sobre nazistas refugiados no país. Enquanto isso, o crânio parcial e a mandíbula de Hitler permanecem nos arquivos do serviço secreto russo como as únicas relíquias físicas que comprovam seu fim em Berlim.>