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O holandês Titus Brandsma morreu em um campo de concentração na Alemanha, em 1942
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2022 às 17:31
- Atualizado há um ano
O holandês Titus Brandsma será o primeiro jornalista profissional reconhecido como santo pela Igreja Católica. O carmelita, professor e atuante contra o nazismo será canonizado pelo Papa Francisco em 15 de maio, de acordo com a agência Vatican News.
Brandsma usou uma rede de jornais católicos, durante os anos 1930, para defender a liberdade de informação e condenar as ideologias nazistas, das quais criticou duramente a abordagem anti-humana.
Preso em janeiro de 1942, Padre Tito foi considerado um perigoso subversivo e levado para Amersfoort, um "campo de trânsito" à espera da deportação.
Ele morreu em 26 de julho de 1942, aos 61 anos, no campo de concentração de Dachau, na Alemanha. O relato da enfermeira que injetou o ácido fênico no holandês é o de que, em seus últimos momentos de vida, durante o interrogatório do processo de canonização, ele disse: "Pobre jovem que você é, eu rezarei por você!".
O processo de canonização já estava em curso, mas foi atrasado devido à pandemia da covid-19. Em 3 de setembro de 1985, João Paulo II o proclamou beato e mártir da fé. Agora, com Francisco, ele se torna santo.
O milagre atribuído à sua intercessão foi a cura de um sacerdote carmelita de um "melanoma metastático dos linfonodos" em 2004 em Palm Beach, na Flórida, EUA.