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Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2019 às 06:13
- Atualizado há 2 anos
O presidente da Argentina, Maurício Macri, reconheceu a derrota nas eleições primárias no país para o kirchnerista Alberto Fernández e disse que "doeu" não ter obtido todo o apoio que esperava no pleito. À 0h22 (de Brasília), com 88,17% das urnas apuradas e 75,86% de comparecimento dos eleitores, o opositor havia conquistado 47,34% dos votos, enquanto a coalizão de Macri aparecia com 32,25% do total.>
Apesar da derrota, Macri disse que "seguirá em frente" e, de acordo com a agência estatal Telám, afirmou ser "muito importante que todos continuemos a dialogar neste país e que expliquemos ao mundo o que queremos". O presidente assegurou que fará o que estiver ao seu alcance para seguir conduzindo a Argentina e criticou a oposição. "Dói em minha alma ver que tantos argentinos acreditam que a alternativa é retornar ao passado", disse, referindo-se ao kirchnerismo. A candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Fernández é a ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015).>
Fernández, por sua vez, afirmou que tinha "certeza" que a Argentina daria espaço a ele para "acabar com a atual era e construir outra história". "Aqueles que estão inquietos, que se tranquilizem. A Argentina é um país em que o conceito de vingança e de racha chegou ao fim hoje", comentou o candidato à presidência pela coalizão Frente de Todos, em discurso após a divulgação dos resultados.>
As eleições prévias na Argentina servem como uma pesquisa eleitoral do primeiro turno no país, programado para ocorrer em 27 de outubro. Pelas normas da eleição argentina, há chance de o pleito ser definido já no primeiro turno. Se a chapa mais votada obtiver 40% dos votos úteis e dez pontos porcentuais a mais que a coalizão segunda colocada, será eleita. Outro cenário para que a eleição presidencial acabe já no primeiro turno é o de a chapa que ficar em primeiro lugar obtiver 45% dos votos mais um.>