ONU fracassa em tentativa de acordo na Faixa de Gaza

A resolução havia sido apresentada pela Líbia, único país árabe atualmente no conselho

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  • Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2009 às 10:05

- Atualizado há um ano

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu votar nesta quinta-feira (1) um esboço de resolução pedindo o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, território palestino atacado por Israel desde sábado (28 de dezembro).

A resolução havia sido apresentada pela Líbia, único país árabe atualmente no conselho. Os diplomatas disseram que novas negociações ocorrerão nos próximos dias. Representantes ocidentais afirmaram que falta equilíbrio ao texto proposto.

O confronto que completa, nesta quinta-feira, o sexto dia, foi marcado por pesados ataques aéreos à região palestina controlada pelo Hamas, deixou 400 palestinos mortos e cerca de 2.000 feridos, de acordo com fontes médicas palestinas. Quatro cidadãos de Israel morreram em ataques com foguetes.

Os últimos ataques foram sobre o prédio do parlamento na Cidade de Gaza, o campo de refugiados de Jabalia e posições do Hamas na costa mediterrânea. Foguetes palestinos também caíram sobre as cidades israelenses de Beersheba e Sderot.O premiê da República Tcheca Mirek, Topolanek, disse que planeja uma missão diplomática em nome da União Européia para o Oriente Médio para tentar solucionar a crise. A missão incluiria o chefe de Política Externa do bloco, Javier Solana, a comissária de Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e o chanceler tcheco, Karel Schwarzenberg.Também nesta quinta-feira, o Papa Bento XVI pediu que a violência e o ódio 'não se imponham' no mundo em 2009, fazendo uma especial alusão a Faza. Segundo o pontífice, 'a grande maioria' da população israelense e palestina quer 'viver em paz'.Israel rejeita tréguaApesar da pressão internacional sobre Israel pelo fim dos ataques à região palestina, o governo rejeitou nesta quarta-feira (31) a trégua imediata de 48 horas nos bombardeiros à Faixa de Gaza. A justificativa de Israel foi que a proposta de tregua, realizada pela França, não garante que o Hamas pare com os ataques.

O governo de Israel diz que é uma guerra total e, segundo o primeiro-ministro, Ehud Olmert, ainda em seu primeiro estágio. O Exército fala em várias semanas de combate. Além dos bombardeios com aviões e navios, Israel prepara uma ofensiva por terra e já concentrou tanques e pessoal na área.(Com informações do G1)(Notícia atualizada às 09h21)

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