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Rússia intensifica bombardeios em Kiev às vésperas de encontro estratégico entre Zelensky e Trump

Moscou intensifica ofensiva aérea contra civis e rede elétrica ucraniana horas antes de Zelensky e Trump tentam selar acordo de paz antes da virada do ano

  • Foto do(a) author(a) Nauan Sacramento
  • Nauan Sacramento

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 10:57

Míssil Russo atingiu o maior hospital infantil da Ucrânia onde jovens pacientes com câncer estavam em tratamento, no dia 8 de julho deste ano
Míssil Russo atingiu o maior hospital infantil da Ucrânia onde jovens pacientes com câncer estavam em tratamento, no dia 8 de julho deste ano Crédito: Fotos Públicas

A Rússia lançou, neste sábado (27 de dezembro de 2025), um dos maiores ataques aéreos coordenados dos últimos meses contra a capital ucraniana e outras regiões do país. A ofensiva ocorre a menos de 24 horas da reunião crucial entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para este domingo em Mar-a-Lago, na Flórida.

O bombardeio é visto por analistas internacionais como uma demonstração de força do Kremlin no momento em que os Estados Unidos tentam mediar um plano de paz para encerrar o conflito que já dura quase quatro anos.

Segundo autoridades locais, as forças russas dispararam aproximadamente 500 drones e 40 mísseis contra infraestruturas essenciais e áreas residenciais. Pelo menos uma mulher de 47 anos morreu na região de Kiev e dezenas de civis ficaram feridos, com 11 hospitalizações confirmadas. O governador regional, Mikola Kalashnik, informou que 320.000 pessoas perderam o fornecimento de eletricidade e aquecimento, em um momento no qual as temperaturas na Ucrânia estão abaixo de zero. As explosões atingiram bairros centrais e infraestruturas de energia, forçando o acionamento de alertas antiaéreos por mais de quatro horas consecutivas.

Mais de 500 drones e mísseis russos atacaram a Ucrânia no dia 4 de julho deste ano por Fotos Públicas

O presidente Zelensky, antes de embarcar para os EUA, classificou a ofensiva como uma prova de que Moscou "não quer o fim da guerra", acusando o governo de Vladimir Putin de usar o sofrimento civil como ferramenta de pressão diplomática.

O encontro deste domingo (28) é considerado um divisor de águas para a geopolítica global. Trump e Zelensky devem discutir os detalhes finais de um rascunho de paz que, segundo o líder ucraniano, já está 90% concluído.

"Ele não tem nada até que eu aprove. Então, vamos ver o que ele tem", afirmou Donald Trump em entrevista recente à Politico, reforçando que os EUA são o motor central do processo de negociação.

O teor das negociações deste domingo deve girar em torno de um ambicioso plano de paz que busca o congelamento das linhas de contato atuais e a criação de zonas econômicas livres na região do Donbas. Entre os pontos mais sensíveis estão as garantias de segurança de longo prazo exigidas pela Ucrânia para evitar futuras agressões russas, o controle da Usina Nuclear de Zaporizhzhia e um cronograma para a realização de eleições sob supervisão internacional em até 100 dias após um eventual cessar-fogo.

Apesar do otimismo da administração Trump em selar um acordo "antes do Ano Novo", o Kremlin ainda não deu sinais claros de aceitação dos termos. A Rússia exige a retirada total das tropas ucranianas de regiões ocupadas e a renúncia definitiva de Kiev à OTAN — pontos que enfrentam forte resistência tanto da Ucrânia quanto de aliados europeus.

O encontro de amanhã na Flórida definirá se o "plano de paz" avançará para uma cúpula quadripartite (EUA, Rússia, Ucrânia e Europa) ou se o conflito entrará em uma nova fase de escalada militar.

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