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Tiveram o azar de estar com 'gente errada', diz primo de jovens mortas durante live

As três tiveram corpos desmembrados em mensagem de “disciplinamento” de chefe do narcotráfico

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 10:45

As três jovens foram torturadas e mortas em uma live
As três jovens foram torturadas e mortas em uma live Crédito: Reprodução

O brutal assassinato de três jovens em Florencio Varela, nos arredores de Buenos Aires, chocou a Argentina e gerou protestos de coletivos feministas e de direitos humanos. Brenda Del Castillo, Morena Verdi e Lara Gutiérrez foram torturadas e mortas, em um crime transmitido ao vivo em grupo fechado do Instagram, segundo autoridades locais.

Os corpos das três jovens, com idades entre 15 e 20 anos, foram encontrados enterrados em uma casa em Florencio Varela no dia 24 de setembro, cinco dias após o desaparecimento. Aprovando a gravidade do caso, o ministro de Segurança da província, Javier Alonso, afirmou que o assassinato foi uma mensagem de “disciplinamento” de um chefe do narcotráfico.

Federico Celedón, primo de Del Castillo e Verdi, disse à France Presse que as vítimas eram “simplesmente vítimas de um sistema que não lhes deixou outra opção senão aceitar esse tipo de trabalho para poder sobreviver (...) ter que entregar o corpo uma noite, duas noites, um fim de semana ou o tempo que fosse necessário em troca de um pouco de dinheiro”. Ele reforçou que “elas não tinham nada a ver com os narcotraficantes. Ponho a mão no fogo. Foi a má decisão de fazer esse tipo de trabalho e o azar de que isso lhes acontecesse de rebote. Estiveram no momento errado, com a gente errada”.

As três jovens foram torturadas e mortas em uma live por Reprodução

As jovens haviam estabelecido contato prévio com líderes da organização criminosa e, na noite de 19 de setembro, subiram em uma caminhonete em La Tablada para prestar serviços em uma suposta festa. Alonso detalhou que “não sabiam que estavam caindo em uma armadilha organizada (...) para assassiná-las”.

Duas mulheres e dois homens seguem detidos pelo caso, mas se negaram a depor na última quinta-feira, segundo a imprensa local. O suposto chefe do grupo, conhecido como “Pequeño J” ou “Julito”, de aproximadamente 23 anos, continua foragido. O motivo exato do ataque ainda está sob investigação; questionado sobre a possibilidade de envolvimento das jovens com roubo de drogas, Alonso respondeu: “Tudo pode ser”.

O crime provocou forte mobilização: coletivos feministas e de direitos humanos convocaram uma grande manifestação no sábado, em Buenos Aires e outras províncias, pedindo justiça pelas vítimas. Celedón ressaltou: “Pedimos justiça pelas três, não só pelas minhas primas. Lara tinha 15 anos, uma vida inteira pela frente, assim como minhas primas. O que fizeram com elas não desejo a ninguém”.

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Crime Barbaro Crime Argentina