Turcos protestam contra mortes e governo culpa Estado Islâmico

Milhares se reuniram para protestar contra 95 mortes provadas por duas explosões

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  • Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2015 às 21:30

- Atualizado há um ano

A polícia turca usou gás lacrimogêneo para tentar conter manifestações ontem em Ancara, onde milhares de pessoas se reuniram para protestar contra 95 mortes provadas por duas explosões. Mais de 160 vítimas continuam hospitalizadas, sendo que 65 estão em estado grave. Um grupo de políticos e outros manifestantes tentavam colocar cravos no local das explosões, quando a polícia tentou intervir, alegando que investigadores ainda realizam trabalhos. A polícia chegou a deter alguns participantes, como os líderes do partido pró-curdo, Selahattin Demirtas e Figen Yuksekdag. (Foto: AFP)Após alguns instantes, um grupo de cerca de 70 pessoas foi autorizado a entrar na área isolada e os manifestantes marcharam em direção à praça principal de Ancara. Eles entoaram protestos contra o presidente Recep Tayyip Erdogan. Selahattin Demirtas, culpou o governo turco pelas explosões mortais, ao acusá-lo de ter falhado em evitar o ataque.  O governo comunicou que 508 pessoas procuraram por tratamento médico em decorrência do maior ataque na Turquia nos últimos anos. As duas explosões ocorreram do lado de fora da estação ferroviária de Ancara. 

[[saiba_mais]]Uma agência de notícias turca informou ainda que a polícia prendeu 14 supostos membros do grupo Estado Islâmico na cidade de Konya. Não está claro se as prisões estão relacionas às explosões em Ancara. O primeiro-ministro Ahmet Davutoglu disse, no entanto, haver “fortes sinais” de que foram atentados suicidas e sugeriu que o grupo Estado Islâmico ou rebeldes curdos possam estar envolvidos.  O papa Francisco afirmou ontem ter recebido com grande dor a notícia sobre o atentado em Ancara. “Recebemos com muita dor a notícia do terrível massacre em Ancara, na Turquia. Dor pela grande quantidade de mortos. Dor pelo feridos”, disse o pontífice aos fiéis reunidos na praça de São Pedro para o habitual discurso de dominical. Ele pediu aos fiéis que rezassem pelas vítimas.