Veterano de guerra finge usar cadeira de rodas por 20 anos para receber benefício social

Um veterano de guerra dos EUA admitiu ter fingido que precisava de cadeira de rodas para se locomover pelos últimos 20 anos. Na fraude, Christopher Stultz, de 49 anos, recebeu o equivalente a R$ 3,3 milhões em benefício social. As informações são do jornal Extra.

A farsa foi descoberta depois que Christopher, que lutou na Guerra do Golfo, foi flagrado "andando normalmente" após visitas ao escritório do Departamento de Assuntos de Veteranos.

Em outubro de 2021, o americano visitou de cadeira de rodas o centro médico do departamento, em Boston. Ao sair, levantou-se, pôs o equipamento na mala do carro e saiu dirigindo normalmente. Logo depois, ele então foi a um shopping, onde foi visto se locomovendo sem cadeira de rodas.

No ano seguinte, Christopher reproduziu o mesmo comportamento durante a visita anual ao centro médico, onde renovava o benefício.

Na última quinta-feira (25), o ex-militar se declarou culpado de fazer declarações falsas ao Departamento de Assuntos de Veteranos em 2003 para obter uma classificação de 100% de incapacidade, segundo o Gabinete do Procurador dos EUA, de acordo com reportagem do "NY Post".

Além da farsa para recebimento do benefício social, o veterano, que atualmente é professor do ensino fundamental, usou o seu suposto problema de mobilidade para comprar "carros especiais projetados para ajudar veteranos com mobilidade reduzida", que custam bem menos que os veículos regulares.

Várias pessoas que conheceram Christopher no início dos anos 2000 também compartilharam com os investigadores que nunca souberam que ele precisava de uma cadeira de rodas ou de qualquer outro tipo de assistência para caminhar.

Quando confrontado por agentes da lei sobre a sua mobilidade, o veterano admitiu que podia usar os dois pés e estava ciente de que estava a cobrar indevidamente os benefícios adicionais, como mostram os documentos.

O professor foi formalmente acusado de prestar declarações falsas em 13 de setembro de 2023. A data da sentença de Christopher foi marcada para 6 de maio de 2024. Ele pode pegar até 5 anos de prisão e três anos de liberdade condicional. O americano também pode ser condenado a devolver a totalidade dos fundos que recebeu de forma fraudulenta ao longo dos anos.