3 tours para fazer na UVVA, nova vinícola da Chapada Diamantina

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  • Paula Theotonio

Publicado em 3 de março de 2022 às 16:40

- Atualizado há 10 meses

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Vinícula UVVA (André Fofano/diulgação) A nova joia da Chapada Diamantina está prestes a ser revelada. A Vinícola UVVA, localizada em Mucugê (BA), inaugura suas atividades na próxima segunda-feira (07) com três opções de enoturismo.

Na EXPERIÊNCIA UVVA (R$ 310), que terá duração de duas horas, o enoturista é guiado por um enólogo, que apresenta o projeto e destaca as particularidades do terroir da região. Depois da visita aos vinhedos, que são plantados em círculo (pivot), o visitante também pode conhecer mais de perto a arquitetura contemporânea e sustentável da vinícola.

O tour inclui, ainda, acesso às salas de tanque e cave, onde se pode conhecer mais de perto todo o processo de produção. O passeio encerra com degustação de quatro rótulos, dois brancos e dois tintos.

O roteiro ENTUSIASTA SINCORÁ (R$ 220) é mais curto, com 50 minutos. Também com acompanhamento de um enólogo, o enoturista aprende sobre técnicas de manejo utilizadas no vinhedo e tem a oportunidade de conhecer a cave onde os vinhos estagiam. É feita, então, a degustação de dois rótulos, um branco e um tinto; e o passeio é encerrado com vista panorâmica da Serra do Sincorá e dos 52 hectares de vinhedos.

Há, ainda, a possibilidade fazer somente a VISITAÇÃO SEM TOUR (R$ 160), sem tour ou degustação inclusos, mas com acesso direto ao wine bar e à loja de vinhos. O valor pode ser revertido para compra na loja, desde que o cliente adquira pelo menos dois rótulos.

Não foram divulgadas as garrafas dos tastings, pois os vinhos e seus preços só serão conhecidos pelo público a partir da inauguração. Mas sabe-se que serão lançados sete rótulos na próxima segunda-feira (07), elaborados pelo enólogo Marcelo Petroli principalmente com as uvas tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot; e as brancas Chardonnay e Sauvignon Blanc.

Os roteiros serão realizados todos os dias e exclusivamente com agendamento pelo site www.vinicolauvva.com.br, disponível a partir de segunda-feira (07). As visitas são direcionadas para maiores de 18 anos em grupos de, no máximo, 8 pessoas. Adolescentes com idade entre 12 e 17 pagam meia e devem ser acompanhados pelos pais ou adultos responsáveis. Endereço: Rodovia BA 142, Km 226, Zona Rural, Mucugê, Bahia. 46750-000.

O QUE ESPERAR DOS VINHOS DA UVVA?

A vinícola tem uma proposta diferente do que se conhece por vitivinicultura no Nordeste. No Vale do São Francisco, por exemplo, a altitude máxima gira em torno de 400 metros, os terrenos são mais planos e o clima é semiárido. Com até duas safras e meia ao longo do ano, os enólogos podem desenvolver vinhos e espumantes com características bem diversas, desde os mais complexos aos mais simples, com distintos níveis de acidez e potencial de guarda.

A UVVA, por sua vez, tem videiras a 1.150 metros de altitude e em região de clima tropical de altitude. Ela produz somente uma safra no ano, mas está longe de ser uma viticultura tradicional — como acontece no Sul do país e em países como França e Itália. Como chove bastante no verão da Chapada Diamantina, a empresa decidiu adotar uma técnica inovadora no vinhedo. Vinícola UVVA - Fabiano Borré e Marcelo Petroli (André Fofano/divulgação) Trata-se da dupla poda, método adaptado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), que transfere o período de maturação e de colheita das uvas do verão para o inverno, quando há menor incidência de chuvas e elevada amplitude térmica. Essa amplitude, aliada à altitude, proporciona uma maturação mais lenta para as uvas e pode vir a gerar tintos com bastante cor, taninos maduros, álcool mais elevado e acidez média a alta, além de brancos frescos, longevos e de boa intensidade aromática.

A ESTRUTURA DA UVVA

O prédio da UVVA tem 5 mil metros quadrados. Com proposta minimalista e sustentável, integrado com a natureza no entorno, teve seu projeto assinado pela arquiteta brasileira Vanja Hertcert. O projeto de interiores, por sua vez, foi pensado pela GAM Arquitetos e homenageia grandes designers brasileiros.

A estrutura UVVA abriga quatro pavimentos. O primeiro deles, “flutuando” sobre uma estrutura mural típica da Chapada Diamantina, dá as boas-vindas com uma vista sobre os vinhedos e tendo da Serra do Sincorá como pano de fundo, em uma panorâmica que chega à extensão de 80 quilômetros. Ali também o visitante encontra a loja de vinhos, um lounge de autosserviço, uma varanda de contemplação e o restaurante da vinícola. (foto divulgação) O segundo ambiente abriga laboratório, área de enologia e salas de curso e de degustação, além dos setores administrativos. No terceiro, acontece a produção propriamente dita, que inclui etapas como a vinificação e o engarrafamento dos vinhos.

No subsolo está a cave, onde ficam os vinhos que estagiam em barricas antes de irem para a garrafa. É lá também que o visitante tem o privilégio de contemplar de perto uma parte aparente do solo característico da região e pode ter a sensação de estar literalmente imerso no terroir da Chapada Diamantina.

POR QUÊ UVVA?

Grafado com dois “vês”, o nome UVVA forma uma silhueta que também faz alusão geográfica à Serra do Sincorá, que se projeta no horizonte da vinícola. A marca ainda ganha o reforço da assinatura “Cepas Diamantinas”, que resume um leque de significados ligados à identidade dos vinhos.

O investimento é da Fazenda Progresso, empresa do agronegócio presente na Chapada desde 1980 e com frentes nos segmentos de batata inglesa e cafés especiais. O vinho representa um passo decisivo rumo à indústria do turismo; e a implantação do projeto traz mais um impacto positivo à cadeia produtiva local, com a criação de mais de 200 novos postos de trabalho.