5 editoras baianas com livros para todos os gostos

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • Foto do(a) author(a) Vanessa Brunt
  • Vanessa Brunt

Publicado em 17 de abril de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

O que é que a Bahia não tem? Muito além dos livros didáticos, editoras baianas têm renovado e conquistado seus espaços pela capital e pelo país com uma variedade de obras que vão da ficção até os livros mais repletos de imagens artísticas. Poesias, títulos infantis e diversas outras possibilidades ficam disponíveis nos catálogos de editoras nada óbvias.

Com a possibilidade de ajudar leitores a descobrirem novos autores baianos e nacionais, os acervos dos projetos locais chegam até a sair do universo virtual e vão alcançam também, em muitos dos casos, seus espaços físicos, como livrarias próprias ou stands espalhados por Salvador.

Conheça cinco editoras baianas em uma lista que vai das mais recentes até as que já têm seus espaços consagrados no universo literário. No compilado, veja ainda opções de livros em destaque das indicadas, que misturam diversos gêneros literários e apresentam sites intuitivos com todas as vendas das suas obras.

1. Solisluna

Criada pelos designers Valéria Pergentino e Enéas Guerra, a Solisluna acumula mais de 25 anos atuando no mercado baiano e brasileiro. Com foco na identidade visual das obras lançadas, a editora soteropolitana dedica a sua produção principal à literatura infantil e aos livros sobre a cultura afrobrasileira.

Para além dos enfoques, porém, estão também as tramas de caráter antropológico e institucional, ainda abrindo espaço para outros livros de não-ficção, como é o caso das obras de poesias. No site da editora, por exemplo, os livros fica separados entre as categorias Arte, Autoconhecimento, História e Memória, Infantil, Juvenil e Literatura.

Além do site, a editora tem um carrinho intinerante que circula por eventos populares e de grande circulação de pessoas. Não Somos Anjinhos, do autor argentino Gusti Rosemffet, traz temas como racismo e intolerância (foto/divulgação)

2. Caramurê

Com objetivo de impulsionar a cultura local,  a editora soteropolitana Caramurê trabalha com uma maioria de 99% de autores baianos. Com obras de ficção e não-ficção, o acervo da Caramurê vai dos livros infantis aos históricos, tendo uma vasta gama de lançamentos que levam a capital baiana como tema central, mesmo quando em tramas do gênero Aventura. Coletâneas poéticas, obras fotográficas e ilustradas também não ficam de fora do catálogo. 

Para quem quer adquirir e conhecer as obras da editora, não somente o site fica como opção. É possível também passar nos stands físicos da Caramurê, que ficam no 1º piso do shopping Salvador e no 2º piso do shopping Barra. Mulheres Poetas e Baianas reúne obras escritoras de várias gerações (foto/divulgação) 3. Corrupio

Religião, Fotografia, Culinária e Biografia são apenas algumas das categorias principais da editora Corrupio, que nasceu em 1979 publicando livros sobre culturas negras e diáspora africana.

Retratos da Bahia, um clássico do fotógrafo francês Pierre Verger foi o ponto de partida da editora, interessada em divulgar a vasta obra do etnólogo, dedicada às relações entre a África e a Bahia. Assim, a Corruipio passou a lançar olhares também sobre culturas árabes e orientais.

Além dos livros, a editora também traz em seu catálogo vendas de DVDs raros, como é o caso do documentário Zélia Gattai – Reportagem Incompleta. Além dos gêneros principais, a editora ainda lança diversas obras de não-ficção com outras temáticas, como é o caso dos livros de Ensaio. O Sal é um Dom resgata a memória afetiva da cozinha de Dona Canô (foto/divulgação)

4. Mondrongo

Ainda que o universo digital tenha se tornado meio padrão para que as grandes editoras analisem potenciais autores (através dos engajamentos nas redes) e que outras editoras cobrem altos preços para autores menores, existe ainda um terceiro formato de editoras que, apesar de não tão comum, está perpetuando espaço em grandes eventos literários. É o caso da editora baiana Mondrongo, por exemplo, que não cobra nada para que pequenos autores possam lançar suas obras.

Fundada em 2011 pelo escritor Gustavo Felicíssimo como um braço editorial do Teatro Popular de Ilhéus, atualmente a editora voa solo e publica poesia, prosa, estudos acadêmicos, literatura infanto-juvenil e livros de arte. Indo além, a Mondrongo ainda tem o selo Mondronguinho, somente para os livros infantis. A Oração do Carrasco foi finalista do Prêmio Jabuti em 2018 (foto/divulgação) Dica de livro: um dos destaques da editora é o livro A Oração do Carrasco, de Itamar Vieira Junior, finalista do Prêmio Jabuti com a edição de 2018. A obra é uma coletânea de textos que passeam dos índios aos escravos, dos excluídos urbanos aos imigrantes e da jornada de um herdeiro de uma linhagem de carrascos aos delírios místicos do artista Arthur Bispo do Rosário.

4. Paralelo13S

Novo selo editorial da livraria intinerante Boto Cor de Rosa, a editora Paralelo13S é um recente projeto, mas já alcança distribuição para grandes livrarias, como a Cultura. Com menos de dois anos de vida, a editora conta com mais de seis livros lançados e disponíveis no acervo. As obras já produzidas vão desde contos e poesias até ensaios e ficção em geral. Na lista, estão autores de diversos cantos da Bahia, incluindo também os que vieram de fora do país.

Para além do site com os livros do projeto, que pretende expansão e ampliação do catálogo, é possível conhecer as outras obras da curadoria da Boto Cor de Rosa, que em 2015 funcionava em um espaço fixo e que atualmente funciona levando livros (de diversas editoras) para feiras e eventos, além de ter um stand diário na Gambiarra – Espaço Criativo e Coletivo, na Barra. O livro de ensaios Palavras da Crítica Contemporânea (foto/divulgação) Dica de livro: um dos destaques da nova editora é o livro de ensaios Palavras da Crítica Contemporânea, que concentra trabalhos de seis críticos que, em 2015, participaram de uma série de encontros realizados na UFBA para questionar o fazer acadêmico, o campo literário e a própria concepção de literatura nos tempos atuais. No livro, eles transformam o debate em ideias mais fluídas e compartilhas em forma de textos variados.

EXTRA: Para quem quer encontrar mais obras diversas, que vão das poesias aos livros acadêmicos, a editora Edufba é outra indicação baiana que faz lançamentos de nomes fortes da atualidade. Recentemente, a editora lançou a obra Introdução ao Estudo dos Contratos, do mestre em Direito e músico Marcelo Timbó.