6 lugares nada óbvios para encontrar mais artes e encantos em São Paulo

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  • Vanessa Brunt

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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1. Embu das Artes O Embu das Artes está localizado a menos de 30 km da capital paulista e se destaca pelas ruas tomadas por artistas, que fazem apresentações ou expõem seus feitos artesanais. Repleta de construções históricas, a cidadezinha traz muitas janelas e portas recheadas de flores, além de casas coloridas que servem não só como meios residenciais, mas também como moradas de galerias, restaurantes e outros cantos abertos para as nossas chegadas. Poesia pura!

Na parte das feiras, nada de dores no bolso. É possível encontrar produtos a preços amigos e pagando diretamente para quem faz. O Embu vai das lojinhas de decoração, artefatos, bolsas e bijuterias até os pintores que fazem obras na hora, bem ali nas feiras.

➨ Uma boa dica é curtir a Fênix Galeria (@fenixgaleriadearte), que apresenta e vende obras de artistas nacionais e internacionais com histórias inspiradoras, tendo uma vasta gama de pintores brasileiros no catálogo.

Para quem ama as artes de Pascal Campion (@pascalcampionart), é possível encontrar na Fênix as obras do artistas Nelson Molina (@nelsonmolina), que lembra bastante o estilo melancólico com jogos de sombras e luzes que o Pascal também faz. E para quem ama as obras da Agnes Cecile (@agnes_cecile), é possível também se encantar pelos quadros da artista Gisele Ulisse (@giseleulisse).

➨ Além da Feira de Artesanato de Embu, dos restaurantes e de diversos cantos incríveis para ir explorando pelo Embu, uma outra dica – principalmente para os loucos por fotos poéticas e cheias de flores –, é passar pela Viela das Lavadeiras. O local é repleto de portas com muitas flores (como mostra a imagem que abriu este post), postes antigos que dão um ar mais vintage e conta com algumas artes de grafite pelos muros.

Antiquários, lojas de design e restaurantes podem ser encontrados no local. Uma das lojas mais conhecidas é a São Benedito, de móveis. Os preços nessa parte do Embu, porém, podem ser um pouco mais salgados. É a área abriga, por exemplo, o restaurante mais sofisticado da cidade, chamado Empório São Pedro.

2. Jardim da Luz e Estação da Luz + Pinacoteca e Museu da Língua Portuguesa Já deu uma volta pelo Jardim da Luz? Além de abrigar a Pinacoteca (@pinacotecasp) e estar próximo ao Museu da Língua Portuguesa, ele é um espaço público que parece um bosque encantado.

Antes de chegar até ele, é bacana passar pela Estação da Luz, que é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo. Para quem ama Harry Potter e filmes de época, é o lugar dos sonhos. Ela possui um grande hall de entrada, um piano, arquitetura retrô e plataformas central e laterais.

A dica é ir aos sábados – quando os espaços culturais estão gratuitos –, curtir por lá e depois ir visitar os museus. Para quem quer fazer algum ensaio fotográfico mais poético, o Jardim da Luz é certeiro.

O parque é diferente de todas as outras áreas arborizadas (e de outros jardins e parques) que já vi na cidade. Com fontes, pontes que contam com suportes feitos pelos galhos das árvores e muitas esculturas, o local ainda conta com aqueles coretos maravilhosos – que são pavilhões inicialmente criados para concertos musicais em jardins ou praças, mas que lembram de cenas românticas ou reflexivas de diversos filmes.

➨ A Pinacoteca conta com uma cafeteria belíssima que parece estar dentro do Jardim para quem ficar na sua área externa, mas o foco dela é apresentar artes visuais. Com galerias repletas de obras de diversos artistas, ela conta com nomes contemporâneos e apresenta também quadros de famosos, como Picasso.

Sempre com alguma exposição interativa, ela conta, ainda, com vídeos e, por vezes, apresentações variadas. A ideia é começar pelos andares superiores, já que as interatividades costumam acontecer neles e os quadros que mais aclamados também estão lá.

A Pinacoteca também oferece programas educativos, veja no site oficial do espaço.

➨ Mas a dica principal para quem vai na Estação da Luz é ir até o Museu da Língua Portuguesa. Repleto de tecnologia e interatividade, ele conta com salas que recitam poemas, trechos de poesias e reflexões diversas pelas paredes, além de várias outras opções que fazem qualquer apaixonado pela literatura pirar.

Infelizmente, o museu ainda está em reconstrução após o incêndio (e a pandemia ainda não acabou: lembre de cuidar-se).

3. Dica de cafeteria para visitar no Centro + Farol Santander (exposições e mais) Inspirado no Empire State, o prédio do Farol Santander (instagram.com/farolsantandersp) é um dos mais altos do país, sendo cartão postal da cidade, com mirante no topo. É possível curtir a vista do terraço (de onde dá para visualizar várias artes de grafites), fazer um tour especial e, ainda, aproveitar exposições criativas e repletas de poesia. Quando fui, em 2019, estava acontecendo a mostra Riscos e Rabiscos: Lendo a Cidade. Para quem ama literatura, urbanismo e seres humanos, era um prato cheio.

O Farol fica localizado no centro de São Paulo, ao lado do Mosteiro de São Bento e, além das exposições por tempo limitado, também conta com um grande acervo fixo. As partes permanentes focam em mostrar como funcionava o mundo, principalmente financeiro, no passado. É uma imersão maravilhosa para curiosos e apaixonados por decoração, já que eles refazem diversos locais inteiros (que se tornam interativos) e o público pode, simplesmente, 'entrar no passado' com cada detalhe ao redor.

➨ Uma indicação especial para quem quer fazer um passeio ainda maior pelo Centro é passar primeiro no Café Girondino (@cafegirondino). Apesar de ser uma cafeteria com diversas opções de pequenas e grandes sobremesas na parte de baixo, fomos lá para almoçar e fiquei na parte superior. Para quem nunca foi no local, a principal dica é lembrar que um prato feito para uma pessoa serve muito bem para duas.

Os pedidos chegaram rápido, bem preparados e foi o melhor espaguete quatro queijos que já comi na vida. As entradas também foram deliciosas e já chegam com diversas opções, como pães de queijo e torradas com molhos.

Mas, para quem está mesmo apenas com interesse em ver artes, as fotografias emolduradas pelas paredes do Girondino e a arquitetura aconchegante com toques retrô fazem também valer.

4. Casa das Rosas + Avenida Paulista aos domingos Uma das coisas mais incríveis para qualquer turista (ou até morador de São Paulo) é ir para Avenida Paulista aos domingos, quando ela fica fechada, impedindo a entrada de carros, mas aberta para que o público ande e para que artes sejam feitas na hora. Além das bicicletas, skates e outras possibilidades que também ganham áreas disponíveis pela Avenida, artesãos montam barraquinhas com itens nada óbvios, cantores se apresentam e até poetas param para declamar. Tem de tudo, tudo o que for arte exalando.

E um dos cantos mais maravilhosos que visitei enquanto andava pela Avenida foi a Casa das Rosas (@casadasrosas), um casarão no estilo clássico francês que é, na verdade, um museu focado na poesia e literatura em geral. Com eventos diversos, o espaço traz uma livraria repleta de obras de vários gêneros, além de cantos com decorações vintage e um terraço espaçoso com uma vista belíssima para as artes, árvores e prédios da Avenida Paulista.

Estufas belíssimas também não ficam de fora e, de quebra, o local ainda tem uma cafeteria super bacana e com área a céu aberto logo ao lado da casa. Já dentro dela, mesmo quando não estão acontecendo os eventos borbulhantes, é possível curtir alguns detalhes fixos, como o telefone que tem poesias recitadas para quem o retira do gancho, a própria livraria e as decorações – como é o caso dos banheiros com decoração mais vintage, um rosa (só para apreciação e fotos) e um com detalhes esverdeados para uso real.

O mais bacana é que a Casa fica aberta também aos finais de semana, o que faz com que seja possível de colocar no roteiro aos domingos (das 10h às 18h), que é quando a Av. Paulista fica fechada para receber artes diversas.

5. Bar dos Arcos (um segredo subterrâneo no Teatro Municipal) Para um fim de noite especial no centro de São Paulo, vale a pena conhecer o Bar dos Arcos (@bardosarcos), instalado no subsolo do Teatro Municipal. Uma boa dica é assistir a algum espetáculo e, logo depois, se deliciar até mais tarde no local. O espaço surpreende os visitantes com seu cenário intimista entre tijolos e os arcos romanos que sustentam a estrutura do teatro.

Composto por dois ambientes, o bar se destaca pelos balcões coletivos que emitem luz e criam uma atmosfera que teve como inspiração o bar do filme O Iluminado, de 1980.  Já a segunda parte do local recebe um mobiliário confortável e sofisticado, um convite ao relaxamento com boa música.

As surpresas do lugar não param por aí, já que os drinks e as opções gastronômicas são um capítulo à parte e prometem sabores e cores inesperados. Outra atração totalmente inusitada é a piscina de bolinhas para adultos, que fica escondida atrás de um espelho.

6. Parque Tenente Siqueira Campos (em frente ao MASP) O parque fica localizado em frente ao Museu de Arte de São Paulo. Assim como o Jardim da Luz, ele tem cara de ‘Mundo Encantado’ e é ideal para quem busca dar uma respirada e escapar do universo urbano paulista sem nem mesmo sair da cidade. O espaço é cheio de banquinhos, pontes e muitas árvores belíssimas. E, bem no meio do caminho, ele ainda traz uma área com uma grande ponte que fica acima da rua, exibindo o movimento dos carros de longe (e na qual muitas pessoas costumam tirar fotos).

EXTRA: outro lugar incrível para curtir em São Paulo é a Serra da Cantareira, que já foi indicada aqui na coluna com detalhes. Ela está no compilado de 5 lugares do Brasil que parecem vilas encantadas de fora de país.