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Publicado em 3 de março de 2021 às 05:27
- Atualizado há um ano
Mesmo que a “EaD” já seja realidade há algum tempo para faculdades e cursos profissionalizantes, o ensino digital, antes da pandemia, não fazia parte da realidade da grande maioria dos alunos da educação básica. Ainda que a princípio sejam aulas remotas, a educação digital implementada durante a quarentena é bem diferente da educação a distância que já acontecia há tempos.
O ensino remoto, implementado nas escolas de educação básica, busca proporcionar aos estudantes qualidade de ensino, rotina previamente definida, assim como assistência e experiência próximas ao que teriam na sala de aula presencial e não, apenas, prover conteúdo para ser estudado a critério do aluno.
A pandemia levou instituições de ensino a uma adequação imediata, atropelando, em alguns casos, a lenta transformação digital que já vinha ocorrendo em organizações com uma visão mais ampla de futuro. A educação 4.0 deixou de ser uma opção ou um plano para o futuro e se tornou uma necessidade imediata.
Nessa corrida, quem estava preparado saiu na frente, conseguiu se adaptar rapidamente a um ambiente digital de aprendizagem que possibilitasse a continuidade do trabalho dos educadores e da rotina dos estudantes. Escolas que não estavam alinhadas às inovações tecnológicas encontraram muitas dificuldades para implementar ferramentas e treinar seu corpo técnico e docente para utilizá-las.
É a tecnologia empenhada em favor da educação, envolvendo o aluno em cada etapa do processo e tornando-o protagonista da sua trilha de aprendizado. Segundo Paulo Blikstein, um espaço maker é marcado pela presença de tecnologia, mas em um ambiente onde ela estimula o impulso criativo dos alunos.
Os estudantes precisam ter a curiosidade e a oportunidade de desconstruir e recriar as tecnologias na educação digital, adaptando-as a seus objetivos e necessidades. É a estimulação do processo inventivo, tão importante no mundo do trabalho atual.
A tendência é que, mesmo com o retorno às aulas presenciais, o ensino digital continue de forma permanente na trajetória educacional, com ajustes importantes para o ensino híbrido, unindo o virtual ao presencial.
Em Salvador, algumas instituições privadas se firmaram neste cenário e cumprem o calendário letivo com qualidade. Na esfera pública, as redes ainda estão se organizando e, encontram percalços e fragilidades, inclusive para retomar as atividades, mesmo que de forma virtual. O desafio é, sem dúvida, inusitado, mas o compromisso dos educadores e o incremento de políticas públicas afinadas ao momento disruptivo do cenário educacional poderão reverter o quadro atual em benefício de nossas crianças e nossos jovens.
Viviane Brito é educadora e CEO do Villa Global Education