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Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2021 às 05:39
- Atualizado há um ano
É inegável que os últimos dez anos mudaram mais nosso estilo de vida do que as cinco décadas anteriores, tendo como propulsores dessa transformação o avanço tecnológico e científico, assim como as mudanças climáticas, ao lado da globalização.
O crescente alcance da Internet, favorecendo não só o acesso à informação e ao conhecimento, mas encurtando distâncias e gerando novas formas de trabalhar e se fazer presente determinou, gradativamente, um novo estilo de vida, agora mais impactante, após a ruptura causada pelo evento pandêmico.
Todas essas contingências afetam a vida econômica, política e social. A educação não está isenta disso. Pelo contrário, na última década, os movimentos de reforma educacional estabeleceram-se nos países mais avançados para dar respostas às perguntas “o quê”, “para quê” e “como” a educação deve se desenvolver, a fim de que os alunos construam um perfil de saída alinhado às demandas contemporâneas.
Os grandes volumes de conteúdos, a memorização de vida curta, servindo somente à execução de provas, já não podem ocupar prioritariamente o espaço do ensino, pois sem desenvolvimento de competências a escola não cumpre suas finalidades para o mundo atual. Urge a síntese inclusiva de conteúdos e competências, integrada a um novo currículo para esta e as novas gerações.
Vive-se um novo paradigma em que a educação precisa tomar partido do contemporâneo e do inaugural, atentando para hoje e o futuro sem perder, no entanto, os laços com os conhecimentos construídos pela humanidade ao longo da história. A relação dialógica entre a permanência e a transformação nunca foram tão evidentes no universo educacional, estando muito além da percepção e expertise dos educadores, esgueirando-se pelas salas de aula, transportando-se para as casas dos alunos, ao alcance das famílias e da sociedade.
É momento de repensar a educação. Para isso, que nos inspiremos nos grandes e inovadores educadores brasileiros que nos antecederam, entre eles Paulo Freire, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Darcy Ribeiro e as educadoras Anália Franco – dedicada a construir escolas ao mais necessitados - e Nísia Floresta Brasileira Augusta, fundadora da primeira escola a ensinar conteúdos científicos para mulheres.
A escola do futuro, que deve começar a ser construída agora, representa o direito à educação livre, com igualdade, equidade e qualidade para todos os brasileiros e brasileiras, com recursos suficientes para acesso à tecnologia, à ciência e às humanidades, de modo que todos possam alcançar qualidade de vida, paz social e plena realização como cidadãos numa nação ética e democrática.
Viviane Brito é CEO do Villa Global Education