A evolução do Vitória passa por Felipe Gedoz

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Publicado em 1 de agosto de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Vitória concluiu o primeiro terço da Série B no empate por 1x1 contra o Figueirense, terça-feira. O time teve dois técnicos após 13 das 38 rodadas. Com Cláudio Tencati, foram três pontos de 12 possíveis, aproveitamento de 25%. Com Osmar Loss, oito pontos de 27 disputados, rendimento de 29,6%. Índices próximos de um treinador para o outro.

O sentimento recente é de confiança, mas o pragmatismo dos números não aponta tanta evolução. O time passou 11 das 13 rodadas dentro da zona de rebaixamento. Só ficou fora do Z4 ao fim da 2ª, quando venceu o Vila Nova por 2x1 e terminou em 10º lugar, e depois da 3ª, quando sofreu 3x2 do Guarani e ficou na 12ª colocação. Atualmente, está em 18º, com 11 pontos. A defesa é a mais vazada do campeonato, com 25 gols sofridos.

A leitura também pode ser feita da maneira oposta: os números indicam uma evolução muito tímida, mas o sentimento é de confiança devido à melhora do futebol apresentado pela equipe nas partidas mais recentes. Em um 2019 até aqui marcado por fracassos e reformulações de elenco, o Leão finalmente começa a formar um time e, o principal, a mostrar capacidade de competir.

Esse conjunto aparece – ainda com muito a evoluir - à medida que Felipe Gedoz se firma como referência técnica do Vitória em campo. Ele é quem, visivelmente, tem mais poder de decidir uma partida a favor naquelas horas de aperto que existem em toda competição. E foi a partir do momento em que Gedoz passou a ser decisivo que o Leão cresceu. 

O meia fez dois gols e deu uma assistência nas últimas quatro partidas – gols em cima de Londrina e Ponte Preta e passe para Anselmo Ramon fazer sobre o Figueirense. Justamente o período em que o rubro-negro ganhou pontos e confiança na atual Série B. Gedoz também assumiu uma lacuna que havia de um bom cobrador de bolas paradas. No somatório, firma-se, a cada jogo, como o dono do time. 

E a equipe ganha com isso à medida que pode contar com um jogador que no mercado é visto como um talentoso que nunca deslanchou por causa de problemas físicos e um comportamento extracampo atribulado. Não tenho conhecimento – nem interesse - para falar das mudanças na vida pessoal do atleta, mas os problemas físicos que o fizeram perder espaço no Athletico Paranaense e no Goiás foram superados na pausa da Copa América, em junho, quando Gedoz perdeu  8 kg, segundo o próprio revelou. O Vitória é uma oportunidade que, aos 26 anos, ele não pode mais desperdiçar.

Óbvio que a evolução coletiva não passa somente por um jogador, assim como a assiduidade na zona de rebaixamento também não pode ser jogada nas costas de ninguém isoladamente. Além de Gedoz, a evolução de Anselmo Ramon merece uma menção honrosa nessa esperança que começa a surgir, e a liderança de Baraka também. O volante tem uma característica de vibração que, em um grupo com histórico de se abater a cada gol sofrido como é o caso deste  Vitória, às vezes pode ser tão ou mais importante que a desenvoltura dele com a bola no pé.

Sábado começa o segundo terço da Série B para o rubro-negro e, com ele, a expectativa de que a evolução recente seja mais que um sopro.

Herbem Gramacho é editor de Esporte e escreve às quintas-feiras