A força do agronegócio

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  • Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 05:22

- Atualizado há um ano

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Vivemos atualmente na era do conhecimento, na qual a informação circula de maneira muito rápida e fácil entre todos os setores e camadas da sociedade, em escala global. Nunca estivemos tão conectados a tudo, o tempo todo, quanto nesta época. Mas é incrível como também não enxergamos (talvez, ironicamente, por falta de informação) o que acontece bem à frente dos nossos olhos.

Um bom exemplo disso é o que ocorre com o agronegócio brasileiro. Os produtos do agro estão presentes todos os dias nas nossas prateleiras, roupas, cosméticos e na indústria de modo geral. Sem falar das cifras que a agricultura gera para o país. Mas é preciso entender que esta é uma relação simbiótica, complementar, em que a cidade depende do campo tanto quanto ele depende da cidade.

Para tentar estreitar essa relação lançamos o Colheitômetro (www.colheitometro.com.br), uma ferramenta que mostra em tempo real o volume de produção das principais commodities agrícolas do país (soja, milho, arroz, cana-de-açúcar e trigo) e o faturamento que cada uma representa. Essa novidade tangibiliza aquilo que muitas vezes, na cidade, não vemos.

No entanto, as realizações do agro são muitas. Mais do que a nova safra recorde que se anuncia – mais de 260 milhões de toneladas –, o setor é responsável por 26,4% do PIB e é um dos pilares da nossa balança comercial. Mesmo com toda a crise provocada pela pandemia, a agropecuária foi responsável por quase metade (48%) das exportações do Brasil em 2020. Na última década, enquanto o PIB brasileiro encolheu 5,5%, o da agricultura cresceu 2,7%.

Comparado a outros setores da economia, enquanto o agro exportou US$ 100,81 bilhões em 2020 (dados da OMC), segundo maior valor da história do setor, com crescimento de 4,1% em relação a 2019, as exportações de veículos caíram 24,3% no ano passado, atingindo US$ 5,5 bilhões, segundo a Anfavea.

Em escala global, o agro brasileiro forneceu alimento a 772,6 milhões de pessoas no planeta no ano passado. Na última década, a participação brasileira no mercado mundial de alimentos passou de US$ 20,6 bilhões para US$ 100 bilhões e a expectativa é que essa participação siga crescendo. Um relatório da OMC mostrou que o Brasil se consolidou nos últimos 25 anos como o maior exportador líquido (diferença entre exportações e importações) de produtos agro do planeta.

E a Bahia hoje é um bom exemplo da força do agro. O estado possui a maior expectativa de produtividade do país na soja: 67 sacas por hectare, enquanto a média nacional prevista gira em torno de 59 sc/ha. Um recorde histórico! Além da produção e exportação de frutas e da indústria forte que a Bahia já possui, o estado caminha para consolidar-se como um dos campeões da produção de grãos.

Por essas e outras que o Brasil precisa conhecer e entender a representatividade do agronegócio para economia do nosso país. Os números que o agro nos apresenta são para serem vistos e comemorados. E o Colheitômetro está aí para isso.

Rafael Manfroi Miotto é vice-presidente da New Holland Agriculture para a América do Sul.