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Wendel de Novais
Publicado em 7 de setembro de 2022 às 15:02
- Atualizado há 2 anos
O mais que tradicional Grito dos Excluídos, que costuma sair sempre após os desfiles cívicos e militares do 7 de setembro, já é, por si só, uma manifestação politizada. Por anos, leva pautas sociais para as ruas no dia em que se comemora a Independência do Brasil. Desta vez, a um mês das eleições, o movimento foi mais direcionado. >
Para além de falar sobre pautas, candidatos viram no espaço uma oportunidade para divulgar seus projetos e suas candidaturas, seja a deputado estadual ou federal. Quem não concorre uma vaga como parlamentar, foi ao Campo Grande, em Salvador, para divulgar quem está apoiando e projetos com os quais concorda.>
A professora Denise Ribeiro, 59 anos, por exemplo, levou um cartaz da campanha Vote em Negras, que incentiva o eleitorado a optar por mulheres pretas nas urnas. Ela falou da importância desse tipo de atitude em uma cidade como Salvador.>
"Onde mais de 80% da população é negra, a gente precisa pensar, refletir e atuar em torno da independência e de liberdade para a população negra. E esse é um espaço legítimo para todas manifestações e para dar visibilidade para pautas", opinou ela. (Foto: Marina Silva/CORREIO) Lígia Villas Boas, 59, que também trabalha com educação, compareceu ao local para se manifestar em prol da ordem democrática e outras pautas que apoia. >
"Eu escolhi estar aqui e não no desfile oficial pelo que representa cada um desses espaços. Estou aqui para defender ideias que pensam no coletivo e um Brasil realmente democrático, onde as pessoas possam ter acesso aos seus direitos", afirmou. >
O grito foi dividido em blocos com diversos partidos políticos e candidatos que aproveitaram para panfletar e conversar com quem estivesse na rua. Saindo da frente do Campo Grande, a manifestação só parou na Praça Castro Alves.>