'Acabou com minha vida', diz mãe de menina de 8 anos baleada na Boca do Rio

Tia, que seria alvo dos criminosos, também foi atingida

  • D
  • Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2022 às 14:42

. Crédito: TV Bahia/Reprodução

A mãe de Bruna Beatriz Cerqueira, de 8 anos, baleada na cabeça neste domingo (15), no bairro da Boca do Rio, está inconsolável. Na manhã desta segunda, Ana Paula disse que parece estar vivendo um pesadelo. 

"Estou destruída, acabou com minha vida. Minha filhinha (sic) é minha companheira. Dar dois tiros na cabeça de uma criança de 8 anos. Não sei o que vai ser da minha vida", desabafou ela em entrevista à TV Bahia. A menina segue internada no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo familiares, Bruna está em coma induzido. 

Além de Bruna, a tia dela, Graziane Cerqueira de Santana, de 24 anos, também foi baleada. Ela foi atingida no peito, na barriga e na perna, e também está internada na mesma unidade de saúde onde está a sobrinha. Parentes informaram que Gaziane passou por duas cirurgias para retirar as balas. Seu estado de saúde depois dos procedimentos ainda não foi informado. 

Ana Paula disse saber o nome do criminoso e já informou à polícia, que não confirma a autoria.

Crime Graziane e Bruna estavam em um bar na manhã de domingo (15), na Rua Barreto de Brito, na Boca do Rio, em uma festa. A tia da garota se preparava para sortear alguns brindes no evento quando dois homens chegaram em um carro branco. Um deles se infiltrou na festa e, pouco depois, atirou na tia da garota, que entrou em luta corporal com ele. Na confusão, a menina também foi atingida. O criminoso fugiu em seguida.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública diz que já foram coletados depoimentos e que a polícia busca imagens próximas ao local do crime para identificar o autor. Moradores da região contaram que tanto a mulher baleada quanto o suspeito pelos tiros seriam membros de facções ligadas ao tráfico de drogas, o que está sendo apurado.

Uma equipe da 39ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Boca do Rio) foi até o local depois de receber a informação dos tiros que atingiram a criança e a mulher. A PM diz que o policiamento foi reforçado na região por meio de rondas, na busca pelos suspeitos.

As vítimas foram atendidas no local por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e depois foram socorridas para o HGE.

Equipes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e da 9ª Delegacia (Boca do Rio) fazem os primeiros levantamentos sobre o caso. A investigação deve ter sequência na 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).