Acusado de matar corretora é ouvido em audiência nesta quinta (27)

Juiz vai decidir se Aidilson Souza vai a júri popular

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2019 às 22:05

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr/ Arquivo CORREIO

Aidilson Viana de Souza, 44 anos, acusado de matar a companhia Janaína Silva de Oliveira, 42, a facadas, foi ouvido pela justiça nesta quinta-feira (27). A última audiência de instrução do caso aconteceu no Fórum Criminal de Sussuarana. Agora, a Defesa dele e o Ministério Público tem cinco dias para fazer as alegações. Depois disso, o juiz determina se ele vai a júri a popular ou não.

Segundo o Tribunal de justiça, a audiência começou por volta das 10h e terminou em torno de 11h. Todas as 8 testemunhas já tinham sido ouvidas em outra audiência, portanto apenas o réu foi interrogado desta vez. O interrogatório foi realizado pelo juiz Paulo Sérgio da 1ª Vara do Júri. Vítima foi morta dentro do próprio apartamento, no Barbalho (Foto: Reprodução/ Arquivo CORREIO) Janaína era corretora e foi morta na madrugada do dia 10 de novembro de 2017, por volta de 1h, no apartamento em que morava, no Barbalho. O corpo foi encontrado pela filha dela no final da tarde do mesmo dia. Testemunhas contaram que Janaína e Aidilson brigavam com frequência e, por isso, ele não tinha mais as chaves da casa da vítima.

"Numa briga que eles tiveram, ela (Janaína) mudou a fechadura e ele não tinha mais a chave. Mesmo assim, ele ficava indo lá”, contou a filha da corretora, ao CORREIO, dois dias após o crime.

O crime foi apurado pela 3ª Delegacia de Homicídios, que concluiu o inquérito e o remeteu ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) no dia 30 de novembro de 2017. Aidilson foi indiciado por feminicídio. Ele foi preso dia 14 de novembro, por força de mandado de prisão temporária, mas foi solto e está respondendo ao processo em liberdade. Sepultamento aconteceu dois dias depois do crime (Foto: Betto Jr/ Arquivo CORREIO) O TJ-BA explicou que Aidilson é réu primário, não ameaçou nenhuma testemunha, compareceu a todos os atos do processo e não foi pego em flagrante, e que esses são os requisitos determinados pela Lei para conceder o direito dos acusados de responder ao processo em liberdade.

Já a família de Janaína disse que clama por Justiça. “Queremos justiça para que minha mãe possa descansar. A gente quer que ele vá a júri popular. Minha mãe está morta e ele está solto, vivendo a vida dele como se nada tivesse acontecido", declarou Priscila Nuane da Silva, filha única da vítima, depois da audiência.

Priscila questionou o argumento de defesa do acusado. "Como foi legítima defesa? Minha mãe foi esfaqueada pelas costas dentro do apartamento dela. Ele está solto e vivemos com medo do ele poderá fazer", disse.