Agora no Vitória, Dado Cavalcanti vai conhecer o outro lado da rivalidade Ba-Vi

Treinador rubro-negro já disputou três clássicos pelo Bahia; jogo é hoje, às 19h15, no Barradão

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  • Daniela Leone

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Pietro Carpi/EC Vitória

Dado Cavalcanti vai vestir vermelho e preto pela primeira vez num Ba-Vi na noite desta quarta-feira (2), às 19h15, no Barradão. Apesar disso, ele não é estreante no clássico. O atual técnico do Vitória vivenciou três embates quando esteve à frente do Bahia e vai conhecer o outro lado da rivalidade nesta 4ª rodada do Campeonato Baiano. 

"Estou confortável nesta condição. É mais um clássico na minha carreira, um jogo diferente, que desperta emoções diferentes no contexto municipal, estadual. São duas equipes grandes em nível nacional. Isso tudo mexe com todo mundo, com todo torcedor. Estou muito confiante de que a gente tem tudo para fazer um grande jogo", projetou Dado.

Dos três Ba-Vis que ele disputou, apenas um foi à frente do time principal do Bahia. Em março do ano passado, ele foi derrotado por 1x0 na fase classificatória da Copa do Nordeste. O tricolor acabaria campeão do torneio, mas, naquela ocasião, Rossi, Gilberto e companhia foram ofuscados pelo gol de Samuel no Barradão. O Vitória era comandado por Rodrigo Chagas. 

Dado conheceu o sabor de vencer o clássico quando treinava o time de aspirantes do Bahia, um ano antes, em março de 2020, pelo Campeonato Baiano. À época, o Vitória também não disputou o estadual com a equipe principal e ele venceu o embate contra o técnico Agnaldo Liz, por 2x1, com gols assinados por Anderson e Arthur Rezende – Eron descontou.   

O terceiro Ba-Vi de Dado foi também com os aspirantes, pelo Brasileiro da categoria, em 2019. Derrota por 3x1 no Joia da Princesa, em Feira de Santana.

Por ter treinado tanto o time de transição como o profissional do Bahia, Dado Cavalcanti conhece muitos jogadores do elenco tricolor e admite que isso pode ser útil a ele no clássico desta quarta-feira. 

"É fato que existe um conhecimento bem específico de atletas. É normal também que isso seja utilizado num momento desse, de fazer algumas orientações específicas, tomar alguns cuidados em cima de virtudes, mas também explorar algumas possibilidades de defeitos", afirmou Dado.

Apesar disso, o técnico lamentou o fato de não ter tido tempo suficiente para passar os conhecimentos aos seus atuais comandados no Vitória. O Leão entrou em campo pelo estadual no último sábado (29), quando foi derrotado pelo Jacuipense por 1x0, no Barradão, e teve apenas três dias de treinos para focar no clássico. Como o Bahia também jogou sábado, o tempo de treinamento foi igual para os dois rivais.

"Foi pouco tempo demais, não deu para usufruir tanto, pelo fato de não termos uma semana aberta. Foram três dias de intervalo de um jogo para o outro, apenas um treinamento específico. Entendo que isso pode ser levado em consideração, mas os detalhes é que farão a diferença dentro de campo", previu. 

Além de reencontrar o ex-jogadores e companheiros de trabalho, Dado também vai reencontrar Guto Ferreira. Os dois se enfrentaram na final da Copa do Nordeste 2021. Na época, Dado comandava o Bahia e Guto o Ceará. Apesar de ter sido campeão em cima do rival dentro do estádio Castelão, em Fortaleza, o técnico do Vitória pontua que o contexto do confronto é bem diferente daquele disputado no ano passado. 

"Sobre o aspecto do jogo, é completamente diferente. São duas equipes completamente diferentes que vão se enfrentar. Entendo que não dá para comparar muito com o que aconteceu na final da Copa do Nordeste, no ano passado", afirmou Dado.

Com quatro pontos, o Vitória é o 5º colocado do Baiano. O Bahia soma cinco e aparece na 4ª posição. Se vencer o clássico, o Vitória não só ultrapassa o rival, como também dá fim a um tabu.

O rubro-negro não ganha um Ba-Vi no estadual desde abril de 2017, quando Cleiton Xavier e Kanu garantiram o 2x1 na Fonte Nova, pela fase classificatória - Alan Costa marcou contra. Por coincidência, Guto Ferreira era o treinador do Bahia. Argel Fuchs ditava o ritmo do Leão à beira do campo e festejaria o título na sequência. De lá pra cá, oito clássicos foram disputados pelo Campeonato Baiano: o Bahia venceu quatro e os outros quatro terminaram empatados. 

Porém, considerando todas as competições, é o Bahia que está no jejum. Nos últimos dois clássicos, o Leão ganhou um e empatou outro. Ambos foram disputados no ano passado: depois do já citado 1x0 pela Copa do Nordeste, no Barradão, houve um 0x0 pelo Baiano, em Pituaçu.