Alerta saúde! Como saber que estou com problema no fígado?

Por não ter sintomas quando doente, dica é fazer exames periódicos e mantê-lo saudável

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  • Do Estúdio

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

Foi em um despretensioso exame de rotina que a consultora técnica industrial Viviane Leite descobriu que estava com grau 2 de esteatose hepática, mais conhecida como gordura no fígado. Apesar de não sentir dor, foi alertada pelo médico sobre a gravidade do resultado.

“No passado não era uma doença muito valorizada, que não havia muitos riscos relacionadas a ela. Mas hoje isso mudou de figura. Esteatose hepática não é inofensiva. Sabemos que esta gordura no fígado pode se relacionar a doenças como cirrose e câncer. Há casos até de indicação de transplante de órgão como consequência de um fígado gordo”, explica Allan Rego, hepatologista do Hapvida.

Com medo de o quadro se agravar, Viviane mudou os hábitos. “Passei a ter uma alimentação mais saudável e comecei a praticar exercícios físicos”, conta a técnica de instrumentação, que na época pesava 83kg.

“Se perder peso, controlar o açúcar, o colesterol, o triglicérides, o paciente consegue ter um controle, quando não a resolução completa da esteatose hepática”, explica o hepatologista. Isso foi exatamente o que aconteceu com Viviane. Em um ano, já com 28kg a menos, refez os exames e todas as taxas já estavam normalizadas (conheça a história de Viviane no vídeo abaixo).

 

Mais saúde Esteatose é apenas uma das anormalidades que podem atrapalhar o funcionamento do fígado. Dentre as enfermidades que mais preocupam os médicos estão cirrose, câncer, hepatites por vírus (A, B, C, D, E), hepatite autoimune e hepatite medicamentosa, esquistossomose, hemocromatose (acúmulo de ferro) e doença de Wilson (cobre no fígado). O agravamento das doenças pode levar a um transplante do órgão ou até mesmo à morte.

“A pessoa não vive sem um bom fígado. Ele tem duas grandes funções: desintoxicação e síntese. Se não funciona bem, a gente tem uma série de consequências, principalmente para o sistema nervoso central”, explica o hepatologista. Além de filtrar toxinas produzidas no próprio corpo, metabolizam medicamentos e auxiliam na produção de substâncias como proteínas.“A pessoa não vive sem um bom fígado. Ele tem duas grandes funções: desintoxicação e síntese. Se não funciona bem, a gente tem uma série de consequências, principalmente para o sistema nervoso central”

Allan Rego, hepatologista do HapvidaE apesar de tamanha importância, costuma ser um órgão silencioso. Dificilmente uma pessoa se queixa que está com dor no fígado. Os sintomas mais populares, como pele e olhos em tons amarelados e urina escura, só aparecem quando a doença já está em estado grave.

Mas, então, qual a melhor maneira de identificar alguma anormalidade no funcionamento do fígado? “Na maioria das vezes, a gente flagra doenças hepáticas em exames laboratoriais ou de ultrassom. E qualquer médico generalista pode indicar um checkup”, alerta o hepatologista. Para mantê-lo saudável, confira as dicas de Allan Rego.

Como ter um fígado saudável1) Praticar exercício físico, sobretudo aeróbica;

2) Perder gordura abdominal;

3) Ter uma alimentação balanceada;

4) Reduzir consumo de açúcar e de alimentos processados;

5) Consumir bebida alcóolica com moderação;

6) Ter relação sexual apenas com preservativo;

7) Ao fazer tatuagens e piercing, usar material descartável e prestar atenção na higiene do local;

8) Não consumir água e/ou alimento se houver risco de contaminação. Sempre lavar bem verduras e legumes;

9) Reduzir o consumo de medicamentos;

10) Consumir alimentos que tenham vitamina E, como as oleaginosas.

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