Aliciamento on-line preocupa pais, mas poucos estabelecem regras de segurança

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

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O recente caso da criança de 10 anos vítima de estupro por parte do tio, no Espírito Santo, fez o assédio infantil voltar a ser das notícias mais comentadas no país. Mas o assédio não acontece apenas no mundo real. No virtual, ele também é muito forte e, se não for combatido, pode levar a crimes bem reais contra as crianças, inclusive após encontros ao vivo.

Pesquisa recentemente divulgada pela Kaspersky, importante empresa de cibersegurança, mostra que o aliciamento sexual é o principal motivo de preocupação de pais e mães no Brasil em relação ao uso da internet pelas crianças. O estudo, realizado em parceria com a consultoria CORPA, revela também  que 12% dos pais entrevistados no país já flagraram algum desconhecido entrando em contato com os seus filhos pela web.

Por outro lado, cerca de 12,5% dos brasileiros admitem desconhecer se seus filhos já foram abordados por estranhos enquanto navegavam. Um dos motivos da preocupação e do desconhecimento pode estar relacionado à falta de regras estabelecidas. Segundo a pesquisa, quase um a cada oito pais brasileiros não estabelece regras de segurança para uso da internet em casa. 

Ainda que 71% afirmem se preocupar com o acesso dos menores a conteúdo inapropriado - especialmente, pornografia -, apenas 8% já solicitaram ao provedor de internet o bloqueio de alguma página. Já 27% afirmam possuir algum programa de controle parental instalado nos dispositivos usados por seus filhos.

De acordo com os autores do estudo, as informações servem de alerta para a importância da companhia dos pais durante as atividades online das crianças, especialmente em um período em que o isolamento aumentou ainda mais a sua presença nesse ambiente. Além do Brasil, a pesquisa da Kaspersky abrangeu mais cinco países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. O estudo faz parte da campanha Crianças Digitais e teve o objetivo de analisar o quanto pais e mães estão envolvidos e comprometidos com a vida digital de seus filhos.

Ao todo, foram entrevistados 2.294 pais e mães com o seguinte perfil: idade entre 25 a 60 anos, pertencentes às classes A, B ou C, usuários de dispositivos eletrônicos e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online.

Para ajudar os pais a proteger seus filhos na internet, a Kaspersky recomenda:

• Converse com eles regularmente sobre os perigos da internet. Procure ser o seu mentor de boas condutas de cibersegurança e passe sempre confiança para que eles possam falar abertamente sobre em qualquer experiência incômoda.

• Oriente seu filho(a) a bloquear sites ou usuários que sejam incômodos. Essas medidas ajudam a criar uma boa conduta online e também a criança a lidar com esse tipo de experiência.

• O mundo digital é igual ao mundo real. Explique à criança que ela deve agir na internet da mesma forma que fora dela. Se há algo que você não compartilharia ou diria no "mundo real", então também não se deve fazê-lo no ambiente online.

• Conte com uma solução de segurança em todos os dispositivos com acesso à internet - seja um PC, smartphone ou tablet - que conte com uma ferramenta de controle parental.