Alta mensal da cesta básica: Salvador tem 2º maior aumento entre capitais analisadas

Mesmo assim, cesta de Salvador é a segunda mais barata entre 17 capitais

Publicado em 7 de dezembro de 2021 às 13:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Salvador está entre as nove capitais brasileiras que registrou aumento no custo médio da cesta básica de alimentos em novembro, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais.

Com um aumento de 3,76%, a capital fica atrás apenas de Recife (8,13%) entre as cidades que também apresentaram elevação no custo médio, e à frente de João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%).

A pesquisa também aponta que, entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Salvador registrou o segundo menor custo, com uma cesta de R$ 505,94, atrás apenas de Aracaju (R$ 473,26).

Confira relação de dados para cada capital analisada:

Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.

Além disso, o estudo também analisa o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta. Em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos. Salvador registra uma jornada necessária de 101 horas e 11 minutos.

Preço dos alimentos Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Para a capital baiana, os produtos com alta de preço médio em relação a outubro foram o tomate (30,93%), café em pó (4,16%), farinha de mandioca (2,63%), óleo de soja (1,71%), açúcar cristal (1,64%), leite integral (1,52%) e carne bovina de primeira (0,72%).

Já os produtos com redução do preço médio em relação a outubro foram o arroz agulhinha tipo 1 (-3,12%), feijão carioquinha (-1,61%), banana (-1,10%) pão francês (-0,44%) e manteiga (-0,12%).