Ambiental: o primeiro pilar do ESG

Organizações precisam promover programas voltados à preservação do meio ambiente

Publicado em 27 de maio de 2022 às 22:17

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: Fotos: Roberto Abreu

Até fevereiro deste ano, o interesse de busca pelo termo ESG no Brasil praticamente triplicou, com um alta de 150% em relação aos 12 meses anteriores, segundo dados de um levantamento realizado pelo Google Trends. Embora o país seja, atualmente, o líder latino-americano em número de pesquisas e esteja no top 25 global, muita gente ainda desconhece o significado desta sigla cada vez mais demandada.

A letra “E”, de “ESG”, tem origem na palavra inglesa Environmental, que traduzida para o português significa “ambiental”. Isso quer dizer que as organizações precisam desenvolver políticas e iniciativas em áreas como preservação da biodiversidade, promoção da eficiência energética e metas de redução dos gases de efeito estufa, apenas para citar alguns exemplos.

Na Bahia, a Bracell alinha as boas práticas de proteção da biodiversidade à própria estratégia de negócio da companhia, que é líder global na produção de celulose solúvel. Recentemente, a empresa assinou um termo de cooperação mútua com a Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) para executar ações conjuntas voltadas à proteção da biodiversidade em Unidades de Conservação (UCs) de Mata Atlântica no estado, como os Cânions do Subaé e a bacia do rio Subaúma.

RESTAURAR E PROTEGER Com validade inicial de cinco anos e possibilidade de renovação, o compromisso é o de atuar em parcerias que contribuam para a conservação e a manutenção das UCs, além de salvaguardar o patrimônio natural, protegendo espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção da fauna e da flora, e os recursos hídricos, garantidos pelas formações florestais.

“Este acordo reforça o compromisso da Bracell com a preservação da qualidade ambiental não apenas em suas áreas próprias, mas também em áreas públicas e de outros proprietários particulares na Bahia”, destaca o diretor-geral da Bracell Bahia, Guilherme Araújo.

O vice-presidente de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da empresa, Márcio Nappo, completa: “Aplicamos a agenda ESG a partir do uso sustentável dos recursos naturais e da criação de valor para a comunidade, país, clima, cliente e empresa. Assim, estamos cuidando do negócio, do meio ambiente e das pessoas - incluindo todos os stakeholders. ”

CRÉDITOS DE CARBONO Outro bom exemplo de aplicação do “E”, de “ESG”, vem da Battre e Termoverde, empresas do Grupo Solví. O Aterro Metropolitano Centro foi o primeiro do mundo a obter créditos de carbono certificados pela ONU e já mitigou, desde 2005, mais de 8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), o que pode ser comparado a emissão de gás carbônico de 2 milhões de automóveis populares a gasolina rodando por um mês.

Além disso, desde 2011, com a inauguração da Termoverde Salvador, a cidade, além de já gerar créditos de carbono, passou também a produzir energia elétrica a partir do biogás do aterro sanitário. A empresa é, atualmente, a usina que mais gerou energia elétrica nessa modalidade em todo o país. Em média, são 10 mil MWh gerados por mês, fornecidos para grandes consumidores.

“A pauta ESG já faz parte do Grupo Solví há muitos anos, principalmente pela questão ambiental. O grupo está há mais de 40 anos atuando neste segmento, trazendo soluções de preservação e isso sempre esteve enraizado em nossos valores”, destaca o diretor regional do Grupo Solví,  Ângelo Castro.

INTEGRAÇÃO COM O “S E O “G” O gestor da Fama Investimentos, Fabio Alperowitch, destaca a importância de as organizações compreenderem que investir no ambiental é, sim, imprescindível, mas que, em se tratando de ESG, também há a necessidade de integração com o “S de “Social” e o “G” de governança. “Tem que haver um cuidado de parte das empresas no sentido de não reduzir o ESG somente a um dos seus pilares”, defende. Fábio Alperowitch (no telão) durante painel mediado por Isaac Edington: pilares do ESG O I Fórum ESG Salvador foi um projeto realizado pelo Jornal Correio e Alô Alô Bahia com o patrocínio da Acelen, Unipar, Yamana Gold, Bracell, BAMIN, Socializa e Suzano, apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador e Sebrae, apoio de Contermas, Battre, Termoverde, Terra Forte, Hela, Retec, Ciclik, Larco, Grupo LemosPassos, Fundação Norberto Odebrecht e Hiperideal, parceria de Vini Figueira Gastronomia, Fernanda Brinço Produção e Decoração, Uranus2, TD Produções, Vinking e Suporte Eventos.

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