Angélica lembra de trauma na infância: 'Meu pai tomou vários tiros'

Episódio fez com que carreira artística dela começasse; entenda

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  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 10:30

- Atualizado há um ano

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Toda a carreira de sucesso de Angélica só teve início por causa de um trauma que viveu na infância. Hoje aos 46 anos, a apresentadora revelou que participou de seu primeiro programa de televisão, com o apresentador Chacrinha, depois que o humorista se tornou sua única distração após um assalto sofrido por sua família, onde o pai foi alvo de vários tiros.

"Quando eu era pequena, com 4, 5 anos de idade, teve um assalto na minha casa e meu pai levou vários tiros. Eu tava na sala, ele quase morreu. Eu fiquei muito traumatizada, não gostava de gente, não gostava de ver ninguém, não queria ninguém. E o único programa que eu gostava de assistir era o Chacrinha, e aí um dia ele convidou na televisão para um concurso da 'criança mais bonita do Brasil', e eu participei do concurso. Ganhei a 'garota mais bonita do Brasil' aos 4 anos de idade, depois com 5 anos de novo. E ali eu comecei a fazer televisão", detalhou Angélica.

A declaração fez parte de um vídeo em que a apresentadora reagiu a momentos marcantes de sua carreira na TV Globo, que começou em 1996, poucos dias antes da estreia de seu novo programa na casa, o "Simples Assim", no próximo dia 10.

O comentário sobre a experiência de quase perder o pai foi feito por Angélica em 2002 no "Domingão do Faustão", onde ela lembrou o acontecimento como um "mal horrível que trouxe o bem".

No vídeo de "Angélica reagindo à Angélica" ela ainda falou sobre a sua própria experiência de quase morte, no acidente de avião com o marido Luciano Huck em 2015, e lembrou o início do romance com o apresentador, 4 anos antes do namoro, com uma "ficada" em Fernando de Noronha.

"Eu caí nessa conversa. Um dia eu tava no camarim, me arrumando pra gravar e aí falaram assim: 'Ó, o Luciano Huck tá aí'. Eu pensei: 'Por quê?'. 'Ah, ele veio te convidar pro primeiro programa dele'. Falei: 'Como eu vou falar não, né?'. O cara veio aqui falar 'vai no meu primeiro programa'. Vou, claro que eu vou", lembrou ela sobre a estreia do "Caldeirão do Huck" em 2000.

"Depois ele me convidou pra ir pra Fernando de Noronha. Sempre ali né, gente, dando aquela cercada, né, básica. Aí, vai lá, não rolou na época, tal, só uns beijinhos, uns troço assim. Passou o tempo, a gente foi um fazer filme juntos, e aí aconteceu o que todo mundo já sabe. O cara foi insistente, porque foi muito tempo isso aqui", contou Angélica, que começou o namoro com o apresentador em 2004, nos bastidores de "Um Show de Verão".

Angélica também se divertiu com a "previsão" de que teria 3 filhos durante uma entrevista em 1997. Ao falar da maternidade, ela revelou que mudou uma ideia que tinha na época, sobre querer adotar uma criança.

"Eu sempre falei que ia ter 3 filhos e que ia ter, adotar um quarto filho. Por que como eu fazia programa infantil e ia muito em orfanato, creche, hospitais e tal, de alguma forma aquilo me dava uma angústia, eu não sabia muito como lidar com aquele sentimento. Aí eu falava: 'Ah, um dia eu quero adotar, um dia eu quero cuidar dessas crianças', eu falava isso. Hoje eu deixo rolar, acho até que pode acontecer de eu adotar uma criança um dia, mas isso não é uma questão que eu quero, que eu busco, não", afirmou.

Se divertindo com sua aparência jovial no começo dos anos 2000, ela ainda fez comentários sobre as pressões estéticas que sofreu na juventude, afirmando que, hoje, enxerga a beleza de uma maneira diferente.

"Sempre cuidei muito da alimentação porque tava sempre com a imagem, né, sempre na frente da televisão. Essa ditadura da beleza, isso que a gente fala tanto hoje e falava menos antes, sempre existiu. Então eu já sofri isso também, de ter que estar em forma, de ter que estar bonita. Ouvia críticas: 'Ah ela tá gorda. Ah, ela tá magra. Ah, agora deve ter tomado algum remédio'. Era uma pressão enorme. O importante é a saúde mesmo, é você estar bem com você, olhando no espelho e vendo você de verdade, não alguém que você criou pra ser igual à capa de revista", defendeu.