Após aprovação de deputados, governo desiste de extinção da Conder

Governador havia proposto extinção do órgão na reforma administrativa

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 12:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

Seis dias após ser aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a extinção da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder) foi cancelada pelo governo do estado da Bahia.  A decisão foi anunciada nesta terça-feira (18) pelo governador Rui Costa (PT).

O chefe do Executivo estadual afirmou que o acordo para não extinguir a Conder foi firmado na noite dessa segunda (17). Rui explicou que o acordo permite a saída dos servidores aposentados, com o pagamento de dois salários adicionais a cada cinco anos de trabalho. Todos também terão assegurado o acesso à Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv), incluindo dependentes. 

Além disso, 20% dos cargos de direção devem ser ocupados por servidores concursados. O acordo prevê ainda o acréscimo de R$ 300 ao salário base dos servidores que continuarem na Conder e ingressarem no Planserv.

"Com o acordo todos terão direito a ingressar no Planserv, incluindo aqueles que serão desligados, e a incluir suas famílias no Planserv. Quem ficar também vai acionar o Planserv. Nós garantimos que 20% dos cargos comissionados de direção da empresa sejam ocupados por gente concursada da Conder, ou seja, gente que é do quadro da Conder. Então o acordo, na minha opinião, é bom para as duas partes e com isso a gente não precisa extinguir a Conder. Ela será mantida", disse Rui que acompanhou na manhã desta terça-feira (18) a apresentação do projeto que utiliza câmeras de segurança da cidade para fazer o reconhecimento facial de procurados da polícia.  

A Alba havia aprovado a extinção da Conder seguindo projeto da reforma administrativa proposta pelo governo do estado. Pelo projeto aprovado, a contribuição previdenciária dos servidores subirá  de 12% para 14% e o repasse do governo para o Planserv reduz de 4% para 2%.

A reforma foi aprovada na quarta-feira (12) com 38 votos da bancada do governo - de um total de 63 parlamentares. A oposição (19 deputados) deixou a votação em protesto. Com quórum suficiente, o texto passou por unanimidade entre os presentes, em 10 minutos. Cinco deputados da base do governo não compareceram: Ivana Bastos (PSD), Paulo Câmera (PR), Marcelino Galo (PT), Euclides Fernandes (PDT) e Samuel Júnior (PDT).