Após casos de covid, pais protestam contra aulas presenciais obrigatórias em colégio da PM

Aulas voltaram ao modelo remoto depois de três estudantes terem contraído o vírus

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  • Wendel de Novais

Publicado em 20 de agosto de 2021 às 18:09

- Atualizado há um ano

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A manhã desta sexta-feira (20) foi de protestos em frente ao Colégio da Polícia Militar João Florêncio Gomes, no bairro da Ribeira. Só nesta semana, três estudantes da instituição testarem positivo para covid-19, o que forçou a unidade a aotar o ensino remoto.

Revoltados com a obrigatoriedade dos alunos em participarem das aulas presencialmente, pais dos alunos foram até o local para pedir que os filhos possam escolher se querem se expor nas escolas ou não. Eles afirmaram que os casos dos alunos contaminados são prova de que os riscos de contaminação existem mesmo com os protocolos estabelecidos para a volta da educação. 

A mãe de uma aluna do colégio da PM, que não quis se identificar, criticou o retorno às aulas presenciais. ”Eu sou contra. Além dos riscos na escola, muitos alunos que usam transporte público colocam em risco a sua própria vida, a dos seus familiares e até mesmo dos funcionários”, declarou. 

Ao G1, Fábio Caldas, que é pai de uma estudante do colégio, reclamou do fato do Governo não ouvir a opinião dos pais e estabelecer punições caso os alunos não compareçam nas aulas presenciais. “O que a gente está pleiteando é essa forma do governo em dizer que os filhos têm que vir à escola senão vão ser punidos. Se não vier às aulas, eles [o governo] vão cortar o auxílio, o aluno vai tomar falta. Eles não procuraram saber dos pais o que eles acham”, questionou. 

Procurada para falar sobre os protestos, a Secretaria Estadual de Educação (Sec) não comentou o ato e fez questão de ressaltar que às aulas presenciais foram suspensas assim que os casos foram confirmados, respeitando o protocolo.”Após a confirmação de que três estudantes testaram positivo para a COVID-19, desde segunda-feira (16), as atividades semipresenciais foram suspensas por 14 dias, conforme orientações do protocolo de biossegurança para a fase híbrida”, escreveu

Ainda de acordo com a secretaria, a data de retorno ao modelo híbrido após a quarentena dos estudantes e profissionais já está definida e que o local vai passar por um processo de desinfecção antes da volta dos alunos. “Os estudantes permanecerão em atividade remota e retornarão ao ensino semipresencial no dia 30 de agosto. A medida foi adotada, conforme o protocolo de biossegurança. A unidade escolar, que conta com 762 estudantes matriculados, passará pelo processo de higienização e desinfecção”, completou. 

* Com orientação da subchefe de reportagem Monique Lôbo