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Técnico da equipe de transição do Bahia lamentou 1x1 com Flu de Feira, mas diz ainda acreditar na classificação
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2021 às 20:44
- Atualizado há um ano
O empate em 1x1 com o Fluminense de Feira, neste domingo (21), no Joia da Princesa, complicou a vida do Bahia no Campeonato Baiano. O time chegou aos seis pontos e está na 6ª posição, ainda fora da zona de classificação. O último colocado do G4 é o Vitória da Conquista, com sete pontos.
O tricolor da capital iniciou bem a partida e abriu o placar ainda aos três minutos, com Ronaldo. Mas sofreu o empate aos 22, gol de Guilherme Matos, e se perdeu em campo. O resultado foi lamentado pelo técnico Claudio Prates. Para ele, a questão emocional pesou nos jovens atletas."A gente se cobra internamente. No próprio jogo do Ba-Vi, no segundo tempo, a gente criou bastante oportunidade. Não conseguiu concretizar. As desculpas podem ser as mesmas, mas há, realmente, a questão emocional dos atletas. São jogadores de 19 anos, que têm potencial e que sentem um pouco. Hoje a gente conseguiu fazer um gol com quatro minutos e sentiu quando sofremos o empate, não mantivemos o mesmo rendimento. Faz parte. A gente vai procurar melhorar", afirmou."Quem consegue um gol com quatro minutos tem a obrigação de manter. E mantivemos por um tempo, até tomar o gol. Um bom controle, um bom volume, principalmente em termos de posse de bola, circulamos bola com a nossa saída de três. Infelizmente, no momento em que sofremos o gol, realmente abalou um pouquinho a equipe, desorganizou um pouquinho. Achou que, individualmente, poderia resolver o jogo, e não se resolve. Então é no coletivo, mantendo organizado", continuou Cláudio.
O time venceu apenas um dos seis jogos que fez até o momento no Campeonato Baiano. Soma também três empates e duas derrotas. O técnico lamentou que os resultados positivos não estão sendo alcançados.
"Não é nem arrumar o time. A questão da transição permite que a gente use algumas variações, use os atletas. Hoje eu precisava colocar o Borel para jogar um pouco. Ele entrou, é um jogador em quem a gente acredita no potencial. Então algumas mudanças são também para dar minutagem e rodagem aos atletas. Sem dúvida nenhuma. O que a gente gostaria, e vai tentar, e tenta muito ainda, é os resultados virem. Isso é óbvio. A gente fica muito chateado. Eu, particularmente, sou muito crítico a todo o meu trabalho e de toda a equipe. Exatamente por isso. É importante dar minutagem, rodagem, mas também conquistar os resultados. A gente tem que transferir o que fez de volume. Volto a comentar: no segundo tempo do Ba-Vi e hoje, no primeiro tempo, segundo tempo, a gente teve um volume bom, mas não está conseguindo transferir isso em gols", disse.
O técnico ainda falou sobre ajustes na equipe e comentou sobre as presenças do volante Raniele, um dos destaques da equipe, e do zagueiro Ignácio como titulares. Os dois haviam entrado no segundo tempo da goleada por 4x0 sobre o Sport, pela Copa do Nordeste, no dia anterior."A gente tem a obrigação de estar sempre melhorando. Hoje a gente já tentou dar um ajuste exatamente para deixar a equipe ofensiva, sabia que o Fluminense viria com duas linhas bem montadas. E, acima de tudo, o time circular, jogar por fora e jogar por dentro também. Nossos médios hoje pecaram um pouquinho no sentido do último passe. Mas tudo é questão de trabalho. A gente continua com a confiança nos meninos. E tenho certeza que eles ainda vão dar retorno. Fiquei feliz por Ignácio e Raniele terem participado. Talvez o Dado, e a gente mesmo, possa utilizar mais alguns em outros jogos. E que isso reproduza também em triunfos para a equipe da transição".Mesmo com a situação complicada, Cláudio Prates ainda acredita na classificação tricolor.
"A gente sempre luta. No Bahia, a gente sempre vai lutar por essa classificação. A gente vem feliz pelo projeto, mas muito triste pelo desempenho em questão de classificação. Então a gente precisa melhorar isso, não adianta ficar dando desculpas. A gente precisa vencer jogos. Não tenha dúvida disso. É trabalhar. A gente tem agora duas semanas, uma semana e meia, para trabalhar e tentar que eles tenham um emocional mais tranquilo e consigam realmente reverter as situações que estamos criando em gols", garantiu.
O Bahia agora só entrará em campo no dia 4 de abril, às 16h, quando recebe em Pituaçu o Atlético de Alagoinhas, líder do Campeonato Baiano.
Veja outros trechos da entrevista de Cláudio Prates:
Lançamentos longos "A questão dos lançamentos, não é só pelo lançamento errado, mas pelo vento aqui em Feira. No primeiro tempo, a gente jogou a favor do vento e estava forçando alguns lançamentos que, com certeza, não iriam encaixar. Aqui, só contra o vento que a gente pode fazer algumas coisas. A criatividade eu já discordo um pouquinho. A gente estava conseguindo circular bola, trocar corredor. E, exatamente, não podia fazer esse lançamento a favor do vento. Essa é a questão".
Saída de Ronaldo "Ronaldo a gente ainda não pode analisar, ele sentiu um pouco da lesão que o tirou de alguns jogos. A gente vai esperar o departamento médico, a recuperação dele até amanhã, e ver durante a semana".
Equipe mais ofensiva? "A gente está tentando fazer o máximo possível para que estes atletas rendam. Hoje a equipe jogou com três, o Caio por trás, e seis homens enfiados na última linha. Então mais ofensivo que isso é realmente impossível. A gente está pecando um pouquinho neste último terço, nessas jogadas de criatividade. No último passe e na conclusão. Tivemos outras chances boas e com boas movimentações ofensivas. A semana toda, batemos nisso. E a gente precisa ainda dar esse crédito a esses meninos, que, acredito que, no momento em que equilibrarem um pouquinho emocionalmente, trabalharem um pouquinho mais com calma a bola, eles conseguirão fazer o que a gente está pedindo".