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Pedro Carreiro
Estadão
Publicado em 10 de julho de 2025 às 17:25
Pela primeira vez em 57 anos, uma brasileira voltou a disputar uma final em Wimbledon. Luisa Stefani, ao lado do britânico Joe Salisbury, entrou em quadra nesta quinta-feira em busca do título de duplas mistas no mais tradicional Grand Slam do tênis. Após uma campanha brilhante e cheia de superações, a dupla acabou derrotada pelos experientes Sem Verbeek, da Holanda, e Katerina Siniakova, da República Tcheca, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/3) e 7/6 (7/3), em duelo marcado pelo equilíbrio e por momentos dramáticos. >
O primeiro set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto e sem quebras de serviço. Ambas as duplas mostraram entrosamento e eficiência nos games de saque, levando a parcial para o tie-break. No desempate, Verbeek e Siniakova foram mais consistentes e souberam explorar os erros dos adversários, fechando em 7/3 após quase 1h de jogo. >
Na segunda parcial, o início deu mostras de que o panorama seguiria equilibrado, com as duplas mantendo o padrão técnico e os serviços. Mas Verbeek e Siniakova conseguiram uma quebra logo no terceiro game e abriram vantagem. Na sequência, Luisa precisou de atendimento médico, o que gerou preocupação na quadra central. A brasileira retornou ao jogo, e, na base da superação, veio a reação. Com a quebra no oitavo game, o duelo foi empatado até o placar de 6 a 6. Mais uma vez, o duelo foi para o tie-break com triunfo de 7/6 (7/3) para Verbeek e Siniakova.>
Mesmo com o vice-campeonato, Luisa Stefani brilhou em Londres, apesar de também ter perdido para Siniakova nas duplas femininas Ela foi a primeira brasileira a alcançar uma final em Wimbledon desde Maria Esther Bueno, em 1967 - também nas duplas mistas. Naquele ano, Esther foi campeã ao lado do australiano Ken Fletcher, conquistando seu último título na grama sagrada do tênis.>
Stefani, de 27 anos, já havia vencido um Grand Slam nas mistas, ao lado de Rafael Matos, no Aberto da Austrália de 2023. A tenista também acumula títulos importantes no circuito, como os WTA 1000 de Guadalajara (2022) e Doha (2024), além de um bronze olímpico em Tóquio com Laura Pigossi.>
A campanha até a final de Wimbledon, no entanto, foi irretocável Nas semifinais, Stefani e Salisbury venceram Marcelo Arévalo e Shuai Zhang com autoridade: 6/4 e 6/2. Antes disso, eliminaram duplas experientes, como Hsieh Su-Wei/Jan Zielinski nas quartas, Asia Muhammad/Andrés Molteni nas oitavas e Erin Routliffe/Michael Venus na estreia.>
No torneio de simples feminino, Iga Swiatek confirmou o favoritismo e garantiu vaga na decisão de Wimbledon ao derrotar a suíça Belinda Bencic por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/0, em apenas 1h12min de jogo. Dominante do início ao fim, a oitava cabeça de chave aplicou um "pneu" e não deu chances à adversária, somando 26 winners contra apenas 11 da suíça. >
A final será contra a americana Amanda Anisimova, que superou Aryna Sabalenka em um confronto equilibrado: 6/4, 4/6 e 6/4. Será a primeira vez que Swiatek e Anisimova se enfrentam em uma final de Grand Slam. A americana, de 23 anos, faz campanha histórica em Londres e disputa sua primeira decisão de Slam na carreira.>
Especialista em saibro, Swiatek mostra evolução também na grama. Até esta edição de Wimbledon, a polonesa jamais havia passado das quartas de final. Agora, cinco vezes campeã de Grand Slam, ela tenta conquistar o título mais tradicional do circuito.>