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Testemunhas contradizem laudo da Guarda Civil sobre acidente fatal com Diogo Jota e seu irmão

Testemunhas afirmam que irmãos dirigiam com cautela, contrariando a versão da polícia espanhola sobre excesso de velocidade

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 10 de julho de 2025 às 15:30

Diogo JOota
Diogo JOota Crédito: Reprodução/Portugal

Duas testemunhas oculares do acidente que tirou a vida dos jogadores portugueses Diogo Jota, do Liverpool, e seu irmão André Silva, contestam a versão oficial da Guarda Civil espanhola. O relatório preliminar das autoridades aponta que o veículo dos irmãos realizava uma ultrapassagem em alta velocidade na rodovia A-52, nas proximidades de Palacios de Sanabria, quando o acidente aconteceu. Segundo os peritos, "tudo indica possível velocidade excessiva, acima do limite permitido".

Entretanto, o caminhoneiro José Azevedo, que afirma ter presenciado o momento, discorda dessa conclusão. Em entrevista ao jornal português Correio da Manhã, ele relatou que os irmãos dirigiam com cautela.

“Eu filmei, parei, tentei ajudar, mas infelizmente não pude fazer nada. Estou com a consciência tranquila. A família tem a minha palavra de que eles não estavam em alta velocidade. Eu vi claramente a marca e a cor do carro ao passarem por mim. Estavam dirigindo com calma. Faço esse trajeto todos os dias, de segunda a sábado, e já presenciei situações perigosas, mas esse não foi o caso. Apesar da escuridão, consegui ver bem o carro”, disse Azevedo ao jornal.

Ainda segundo o Correio da Manhã, um segundo caminhoneiro, amigo de Azevedo e também presente na estrada naquele momento, reforçou que o carro não trafegava em velocidade acima do normal.

Diogo Jota, sua esposa Rute Cardoso e os três filhos por Reprodução

Acidente fatal na madrugada

Diogo Jota, de 28 anos, e André Silva, de 25, faleceram na madrugada da última quinta-feira (3), por volta de 00h30 (horário local), em um grave acidente no km 65 da A-52, próximo à cidade de Cernadilla, na província de Zamora, Espanha. A cerca de 335 km de Madri, o local do acidente foi isolado pela polícia após o veículo dos irmãos sair da pista e explodir.

A principal hipótese investigada é que um dos pneus do carro tenha estourado, fazendo com que o condutor perdesse o controle durante uma ultrapassagem. O carro deixou a rodovia e colidiu violentamente, pegando fogo em seguida. Os dois irmãos morreram carbonizados.

Destino da viagem e motivo da escolha por via terrestre

Segundo Rute Cardoso, esposa de Diogo Jota, os irmãos seguiam em direção à vila espanhola de Benavente, a cerca de 60 km do local do acidente. De lá, planejavam chegar à cidade de Santander, no norte da Espanha, onde embarcariam em um navio com destino a Portsmouth, na Inglaterra.

Jota, que costumava viajar de avião, havia passado recentemente por uma cirurgia pulmonar. Por recomendação médica, estava evitando voos devido à pressão atmosférica e aos riscos no período pós-operatório, o que justificou a escolha pelo trajeto rodoviário.

O alerta sobre o desaparecimento foi dado por um familiar que estranhou a ausência dos dois em Benavente. Mais tarde, foi a própria Rute, com quem Diogo havia se casado apenas 11 dias antes, quem confirmou que os irmãos estavam envolvidos no acidente.

Carreiras interrompidas

Nascidos em Portugal, Diogo Jota e André Silva eram jogadores de futebol profissional. Jota defendia o Liverpool desde 2020 e havia sido campeão da Liga das Nações com a seleção portuguesa em duas edições. Ele deixa três filhos.

Sua carreira teve início no Gondomar, na quarta divisão portuguesa. Posteriormente, se destacou no Paços de Ferreira, o que lhe garantiu uma transferência ao Atlético de Madrid. Sem espaço na equipe espanhola, foi emprestado ao Porto e depois ao Wolverhampton, que o contratou em definitivo. Em 2020, o Liverpool o comprou por 44 milhões de euros. No clube inglês, atuou em 182 partidas, marcou 65 gols e contribuiu com 22 assistências, conquistando quatro títulos: Premier League, Copa da Inglaterra e duas Copas da Liga Inglesa.

Já André Silva, de 25 anos, jogava pelo Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa, e também era considerado uma promessa em ascensão.