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Secretaria de Saúde de Salvador tem feito campanhas de conscientização sobre importância do retorno
Thais Borges
Publicado em 10 de abril de 2021 às 15:00
- Atualizado há um ano
Mais de 3,5 mil pessoas não voltaram para tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 apenas em Salvador. Até o momento, todos os imunizantes usados no Brasil são compostos por duas etapas de vacinação.
Só que, como alerta a infectologista Adielma Nizarala, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), enquanto a pessoa não cumprir as duas doses signfica que ela não foi imunizada. Mesmo com atraso, a vacinação deve ser feita assim que for possível. "E, para a população em geral, o risco, se as pessoas começarem a não completar seu esquema vacinal, é que o vírus vai continuar circulando. Ou seja, a imunidade de rebanho não vai ser alcançada", reforça. Para tentar recuperar os 'faltosos', a SMS tem feito campanhas de conscientização sobre a importância do retorno. Outra estratégia também tem sido fazer convocações, através de mensagens SMS, para que essas pessoas voltem aos postos de saúde.
Leia a reportagem principal: Vacinados, mas sem 'queimar máscaras': entenda como imunizados podem pegar covid
Além disso, há alguns cuidados que devem ser tomados para a imunização. Um deles é que, a partir desta segunda-feira (12), terá início a campanha de vacinação contra a gripe. No entanto, é preciso esperar pelo menos 14 dias entre uma vacina e outra.
“O sistema imune precisa de um tempo para responder e produzir os anticorpos protetores”, explica a virologista Andréa Gusmão, professora da UniFTC e da Ufba.
A campanha da gripe, que segue a orientação do cronograma nacional, começará com crianças entre seis meses e seis anos, gestantes, puérperas (mulheres que estão no período de até 45 dias do parto), trabalhadores de saúde e povos indígenas.
Há, ainda, outra recomendação importante: a de evitar o consumo de bebidas alcóolicas por pelo menos 15 dias depois de receber cada uma das doses da vacina contra a covid-19.
“O álcool é metabolizado no fígado e isso pode interferir no desenvolvimento de uma resposta imune protetora. Imagine que o corpo está recebendo uma carga de antígenos que vão precisar ser metabolizados e o álcool pode interferir de forma negativa, comprometendo proteínas que poderiam ser sintetizadas pelo fígado”, completa a virologista.
*Colaborou Vinícius Nascimento