Baby do Brasil canta em homenagem aos 70 anos do trio elétrico

Apresentação aconteceu neste domingo na Praça Castro Alves

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 23 de fevereiro de 2020 às 21:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Gabriel Amorim/CORREIO

Quem disse que é preciso ir atras do trio pra fazer o Carnaval acontecer? Em pleno domingo de folia a festa aconteceu com o carro parado e justamente para homenageá-lo. Baby do Brasil cantou em um trio estacionado na Praça Castro Alves em homenagem os 70 anos da invenção de Dodô e Osmar. 

"É um monento historico na minha carreira. Foi aqui nessa praça que tudo começou. Esse tipo de trio que a gente vai cantar hoje ele está imitando, tentando trazer aquele formato que a gente tinha, o original", disse Baby, antes de se apresentar, sobre o show não convencional para os  padrões da folia. 

Quando subiu ao palco parado sobre rodas, a primeira cantora de trio da história estava vestida de bolo de aniversário, para comemorar. "Não é fácil achar uma fantasia de bolo, mas é o aniversário do trio, não é?", brincou Baby. Para começar, pouco antes das 20h, com 2 horas e meia de atraso, Baby escolheu Alegria Alegria, de Caetano Veloso. A apresentação, inclusive, foi cheia de clássicos da musica baiana, com canções como Menino do Rio, também de Caetano  e a Menina Dança, sucesso dos Novos Baianos. 

Entre uma música e outra , muito papo. A artista compartilhou com o público um pouco das lembranças carnavalescas. "Eu ia pedir para parar o trio mas ele já está parado", brincou ela em alguma das paradas pra conversar. "Antigamente, os trios eram só instrumentais e nós, os Novos Baianos, nos apaixonamos pelo trio. Queríamos ter um trio. Paulinho Boca foi atras da licença e eu do trio", contou. 

Mais cedo, Paulinho Boca subiu ao mesmo palco e também contou um pouco da história do veículo que formatou a folia soteropolitana. "A gente botou tanta caixa no trio que na hora de sair não passava da garagem. Tivemos que derrubar o muro pra poder colocar o trio na rua", contou o cantor. 

Pra todo mundo 

No meio da galera que encheu a praça tinha gente de todo tipo. Familias, casais, e gente querendo misturar todo tipo de programação no Carnaval. A autonoma Daiane Santos, 34, estava acompanda de 7 das crianças da família. "Aqui eles curtem, se divertem, e a gente fica tranquila", contou. 

Ja o casal André Silvany e Ciro Paiva, ambos de 29 anos, a programação era eclética. Eles queriam  ver Baby, acompanhar a passagem dos Filhos de Gandhy pela mesma praça e depois iriam seguir o desfile do bloco Crocodilo na Barra. "Baby é o Carnaval, um outro Carnaval, muito bonito também", disse André que é de Salvador. "Esse é meu primeiro carnaval e isso aqui é incrível. Vou vir sempre", disse o rapaz que é de Uberlândia. 

"Ela faz desta praça uma verdadeira festa. Tem uma energia e carisma incriveis e sempre foi assim. Esse show faz parte do Carnaval das antigas e não pode acabar", opina o representante comercial Luiz Celes, 50.

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*Com orientação da editora Ana Cristina Pereira