Bahia e Rossi divergem sobre cláusula de renovação automática; entenda

'Rossi informou que não deseja continuar', revela Bellintani

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 17:01

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A novela envolvendo o atacante Rossi ainda não teve fim no Bahia. Nesta quarta-feira (5), o presidente Guilherme Bellintani explicou a situação do jogador, pela ótica da diretoria. De acordo com o dirigente, apesar de possuir uma cláusula de renovação automática no contrato, o jogador comunicou que não tem a intenção de ficar no clube, que vai disputar a Série B do Brasileirão em 2022. 

"Nós tínhamos uma opção de renovação automática, prevista no contrato que se encerrou. O contrato se renova automaticamente se atingidas metas, que foram atingidas. Se as duas partes se manifestam para não renovar, o contrato não é renovado. Não existe contrato com ele hoje. Existe uma cláusula de renovação automática. Estamos avaliando juridicamente e também, principalmente, do lado anímico", diz Bellintani. “Só queremos no elenco quem queira estar aqui. Tem uma coisa que precisa unir todos os jogadores, que é a vontade de estar aqui". 

Fim do transição e contratações: Bellintani detalha planejamento do Bahia

Esta foi a primeira vez que o Bahia se posicionou sobre a situação de Rossi. No final de dezembro, o jogador anunciou nas suas redes sociais que não fará parte do elenco neste ano. No entanto, o clube seguia em silêncio sobre o assunto. 

Embora Bellintani não tenha detalhado, as duas partes divergem em relação à ativação da cláusula de renovação automática, prevista em contrato caso o jogador disputasse 60% das partidas na última temporada. Na matemática da diretoria, Rossi atingiu o mínimo exigido. O atacante entende que não.

Rossi chegou ao Bahia em 2020 e engrenou mesmo durante a temporada 2021, quando atuou em 43 partidas, marcou oito gols e deu dez assistências. Como o Esquadrão disputou 73 jogos, esse número equivale a 58,9% das partidas, o que dá razão ao atleta.

A margem que faltou para a meta de renovação ser batida é tão pequena que, com um jogo a mais, ele chegaria a 60,2%. A expulsão na penúltima rodada do Brasileirão, por discutir com o zagueiro Manoel, do Fluminense, por exemplo, fez toda a diferença.

Já o Bahia utiliza o artifício de não contar os 11 confrontos do Campeonato Baiano, em que foi representado pelo time de aspirantes e o camisa 7 não jogou nenhuma vez. Sem esses 11 jogos do estadual, Rossi teria disputado 69,3% dos compromissos (43 de 62). No entanto, trata-se de uma competição profissional, apesar da escolha do clube em colocar em campo sua equipe B.

Na prática, essa diferença é determinante para o atacante deixar o Esquadrão de maneira gratuita, como jogador livre, ou com o Bahia recebendo uma remuneração pela quebra de contrato - na hipótese da renovação até dezembro de 2022.

Procurada pela reportagem, a representante de Rossi, Carina Magnabosco, sustenta que o vínculo se encerrou no dia 31 de dezembro e o atleta de 28 anos está livre. Ele não se apresentou no CT Evaristo de Macedo e, nesta quarta-feira (5), publicou uma foto no Pará, seu estado natal.