Bahia encara o CSA em Maceió de olho no 3º triunfo seguido na Série B

Esquadrão visita o rival nesta sexta-feira (22), às 19h, no Rei Pelé

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 22 de abril de 2022 às 05:10

. Crédito: Rafael Machaddo/EC Bahia

Um aproveitamento perfeito, com dois jogos e dois triunfos. Essa é a campanha que o Bahia vem realizando na Série B do Campeonato Brasileiro - um feito que fez o Esquadrão iniciar a rodada na liderança. Nesta sexta-feira (22), o time terá mais um desafio e mira a terceira vitória seguida. Para isso, enfrentará o CSA, às 19h, no estádio Rei Pelé, em Maceió. 

Na rodada passada, o tricolor também atuou fora de casa e bateu o Náutico por 1x0 nos Aflitos, mesmo atuando durante a maior parte da partida com um homem a menos. O plano é também voltar do Alagoas com os três pontos na bagagem - mas sem essa ‘emoção’ extra.

Os duelos, aliás, fazem parte de uma ‘mini Copa do Nordeste’. Além do Timbu e do CSA, a sequência também inclui o Sampaio Corrêa, na próxima terça-feira. O encontro com o rival do Maranhão, porém, será em casa.

O Tricolor de Aço e o Azulão mediram forças recentemente, pelo próprio Nordestão. O jogo, válido pela fase de grupos do torneio regional, foi disputado na Arena Fonte Nova e não teve vencedores: 1x1. Os alagoanos saíram na frente com Lucas Barcelos e Rodallega deixou tudo igual.

Dessa vez, o Bahia não terá o goleador. O colombiano se recupera de um estiramento na coxa direita e ficou de fora dos últimos treinamentos. De acordo com os médicos do clube, o prazo para a cicatrização da lesão é de cerca de quatro semanas e Rodallega só deve voltar em meados de maio.

Sem poder contar com o centroavante, o técnico Guto Ferreira optou por um ataque com Raí, Marco Antônio e Vitor Jacaré diante do Náutico. E repetiu o trio diante do Azuriz-PR, na última terça-feira, pela Copa do Brasil. Mas a formação não surtiu efeito contra os paranaenses e o Esquadrão ficou no 0x0, na Fonte. 

O empate pelo mata-mata nacional, aliás, freou a ótima sequência que o tricolor vinha, com cinco vitórias seguidas: Jacuipense (4x1) e Vitória da Conquista (3x0), pelo Campeonato Baiano, Sergipe (3x1), pela Copa do Nordeste, e Cruzeiro (2x0) e Náutico (1x0), pela Série B.

Para reencontrar o caminho dos triunfos e se manter 100% na Segundona, Guto Ferreira deve optar por uma nova peça no ataque. Matheus Davó, que entrou no segundo tempo diante do Azuriz, está cotado para ficar com a vaga de Raí, formando o trio com Marco Antônio e Vitor Jacaré.

Mas essa não deve ser a única alteração no time titular. Na zaga, Ignácio apresentou cansaço e deve ficar de fora. Didi e Zé Vitor disputam a posição. Já na lateral esquerda, também desgastado, Luiz Henrique deve dar lugar a Matheus Bahia. 

Desta forma, uma provável escalação tem Danilo Fernandes, Jonathan, Luiz Otávio, Didi (Zé Vitor) e Matheus Bahia; Rezende, Patrick e Daniel; Vitor Jacaré, Matheus Davó e Vitor Jacaré.

Histórico Apesar do CSA já ser um rival conhecido do Bahia, esse será o primeiro duelo entre os dois times pela Série B do Brasileirão. Até aqui, as equipes se enfrentaram 30 vezes, mas nunca na segunda divisão. Os confrontos foram válidos pela extinta Taça Brasil, Copa do Nordeste e Séries A e C.

O Esquadrão leva ampla vantagem sobre o rival. São 20 triunfos, o que representa 67% das partidas. O CSA tem apenas quatro vitórias, enquanto outros seis jogos terminaram em empate.

O retrospecto é favorável ao Bahia mesmo quando atua no território do oponente. Foram 15 duelos entre as duas equipes com o mando de campo do Azulão e o tricolor se deu bem em oito deles. No total, marcou 31 gols e sofreu 18. Já o CSA ganhou apenas três e houve ainda quatro empates.

Manter o histórico favorável, inclusive, faria o time baiano quebrar um tabu. A equipe não vence as três primeiras rodadas da segunda divisão nacional desde a temporada de 1999. Naquele ano, bateu, em sequência, América-MG (1x0), América-RN (2x0) e CRB (4x1). Mas, no quarto jogo, empatou com o Remo em 0x0.

Foi a única vez que o Bahia conseguiu o feito, em suas nove participações anteriores na competição. Até chegou perto em 2010, após estrear vencendo o América-RN por 1x0, em Pituaçu, e bater Ipatinga, por 2x1, em Minas Gerais. Só que, na sequência, ficou no 1x1 com a Ponte Preta em casa.

CSA O Bahia pode até viver um bom momento na temporada, entrando na rodada como líder da Série B, mas o mesmo não pode se dizer do CSA. O rival está pressionado, e a situação ficou ainda pior após a derrota por 3x0 para o América-MG, em pleno Rei Pelé, pela Copa do Brasil. Resultado que fez o técnico Mozart ouvir vaias da torcida.

Para enfrentar o Esquadrão, o anfitrião deve passar por alterações. A começar pelo ataque, que vem sendo questionado nas últimas partidas. Nos últimos dez jogos, o trio ofensivo foi repetido apenas três vezes, e deve mudar mais uma vez. Dessa vez, deve ter Marco Túlio, Lucas Barcelos e Bruno Mezenga. 

Na zaga, Anderson Martins deve dar lugar a Lucão. E, no meio de campo, Lourenço está cotado para formar o trio com Geovane e Gabriel.

A provável escalação do CSA deve ter: Marcelo Carné; Igor, Lucão, Werley e Ernandes; Geovane, Gabriel e Lourenço; Marco Túlio, Lucas Barcelos (Felipe Augusto) e Bruno Mezenga (Rodrigo Rodrigues).