Bahia precisa quebrar escrita para não ser eliminado na Sula

Tricolor só reverteu vantagem em uma das cinco vezes que perdeu jogo de ida

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Pela segunda vez em uma semana, o Bahia vai ter que virar a chave e, por pelo menos por 90 minutos, mais acréscimos, esquecer o momento ruim que vive no Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira (5), o tricolor entra em campo pela Copa Sul-Americana e tenta manter vivo o sonho de chegar longe na competição internacional. Mas para alcançar tal objetivo, o Esquadrão vai ter que superar algumas barreiras diante do peruano Melgar, às 21h30, na Fonte Nova.

Logo de cara, o Bahia inicia a partida em desvantagem, já que perdeu o jogo de ida, em Lima, por 1x0. Assim, o tricolor vai ter que vencer por pelo menos dois gols de diferença para avançar no tempo normal, ou devolver o placar do primeiro jogo para levar a decisão para os pênaltis. Aí entra em cena o primeiro desafio.

No cenário construído até aqui, o Bahia de 2020 vai ter que ser a exceção para evitar a regra do que foi a história tricolor na Sul-Americana. Das cinco vezes em que perdeu o jogo de ida pelo torneio, o Esquadrão só conseguiu reverter a vantagem e sair classificado em apenas uma. 

Assim como esse ano, em 2018 o Bahia caiu para o Blooming por 1x0, no jogo de ida da primeira fase. O duelo foi disputado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Na volta, em Pituaçu, o tricolor goleou os bolivianos por 4x0, e conseguiu avançar de fase.

Nos outros quatro confrontos em que saiu perdendo o primeiro jogo, amargou a eliminação. E teve de quase tudo. Em 2012, por exemplo, na primeira vez em que disputou o torneio, o Bahia foi derrotado pelo São Paulo por 2x0 no Morumbi, e caiu pelo mesmo placar em Pituaçu, ainda na primeira fase.

Um ano depois, em 2013, o time passou pela Portuguesa, na primeira fase e encontrou pelo caminho o Atlético Nacional, da Colômbia. No confronto em Medellín, o Bahia saiu atrás ao ser derrotado por 1x0, com gol contra de Diones. Na volta, na Fonte, Hélder marcou e o Bahia devolveu o placar por 1x0. Mas nos pênaltis o clube acabou eliminado.

A história do confronto com o Atlético Nacional se repetiu cinco anos depois. Em 2018, topou com o Athletico-PR nas quartas de final. Em partida polêmica pela intervenção do árbitro de vídeo, o Bahia acabou derrotado pelo time paranaense por 1x0, na Fonte Nova. O atacante Pablo marcou o gol na ocasião.    Na volta, na Arena da Baixada, novo jogo polêmico com os tricolores reclamando da arbitragem. Mesmo assim, o time conseguiu devolver o 1x0 com gol de Douglas Grolli. Mas nos pênaltis, deu Athletico, que avançou às semifinais. O Furacão viria ser o campeão ao vencer o Junior de Barranquilla na final.

No ano passado, mais decepção na estreia. Em um duelo que o tricolor era considerado favorito, o Bahia caiu diante do modesto Liverpool por 1x0, na Fonte Nova. Na volta, o empate por 0x0 em Montevidéu.ATENÇÃO NA DEFESA Para conseguir quebrar esse retrospecto ruim, o Bahia vai ter que passar pelo segundo desafio: o de não sofrer gols. É importante lembrar que na Sula o gol marcado fora de casa conta como critério de desempate. Assim, a atenção vai ter que ser redobrada no sistema defensivo.

Nos últimos 18 jogos, o Bahia só não foi vazado apenas duas vezes. Sob o comando de Mano Menezes, em 11 partidas, apenas no triunfo sobre o Vasco, por 3x0, o time não levou gol. Por esse retrospecto, o meia Daniel pede que a equipe tenha inteligência.

“Sabemos que vai ser um jogo em que vamos ter que muita vontade de marcar o gol o mais rápido possível, mas também inteligência e calma pois não podemos, de nenhuma maneira, deixar os caras fazerem um gol, porque aí complica, vamos ter que marcar três. Temos que ter calma pois o gol pode sair aos 35 minutos do segundo tempo, aos 40... temos que acreditar até o final”, disse.