Bahia tem dívidas com acórdão do TRT e Bellintani fala em prejuízo da pandemia

Presidente tricolor lembrou déficit de R$ 52 milhões para justificar atraso

  • D
  • Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 16:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Se dentro de campo o Bahia vive situação delicada com a luta contra o rebaixamento, fora dele o Esquadrão também se vê em apuros. O tricolor está em débito com o acórdão global do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. A informação foi divulgada inicialmente pelo site Galáticos Online e confirmada pelo CORREIO. 

No acórdão fechado com o Tribunal do Trabalho, o Bahia repassa mensalmente um valor fixo de R$450 mil. O aporte é utilizado no pagamento de dívidas trabalhistas do clube com antigos jogadores e outros funcionários. Porém, de acordo com o TRT, o tricolor não fez os pagamentos dos meses de novembro e outubro, e pagou apenas metade do que deveria em setembro. 

Presidente do Bahia, Guilherme Bellintani reconheceu a dívida e alegou que os prejuízos causados pela pandemia fizeram com que o clube atrasasse o pagamento. O dirigente lembrou que o tricolor sofreu um déficit de R$52 milhões nas suas contas no último ano. 

"O Bahia registrou déficit de 52 milhões em 2020, um valor histórico devido à pandemia. Enquanto esse déficit não for superado, o clube administra o fluxo de caixa com muita dificuldade, inclusive em relação às dívidas contraídas em gestões passadas, como é o caso da enorme dívida trabalhista gerida sob este referido acordo. Por um período longo, infelizmente não será possível manter o pagamento no ritmo que gostaríamos até que o imenso déficit registrado em 2020 seja recuperado", explicou Bellintani.

"É importante registrar que já temos reunião marcada com a comissão de credores o tribunal, por iniciativa do próprio Bahia,  para tratar do tema. A situação já esteve bem pior, mas aos poucos nossas finanças felizmente começam a se recuperar", completou.

O acórdão foi firmado entre Bahia e o TRT em 2011. A partir de 2013, durante a gestão de Fernando Schmidt, o acordo passou a ser cumprido, o que impede o Bahia de ter bens penhorados para o pagamento de dívidas trabalhistas. Caso o problema não seja resolvido, o clube pode ter contas bloqueadas pela Justiça.