Baianos desenvolvem robô que ajuda no processo de contratação

Projeto foi um dos contemplados do programa Centelha Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2020 às 09:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Um grupo de baianos desenvolveu um robô que ajuda a recrutar estagiários para empresas. Ana, como foi batizado o robô, nasceu em Feira de Santana, em 2019, depois de um hackathon.

Segundo um dos idealizadores do projeto, o estudante de ciências contábeis da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), Helder Xavier, Ana é uma startup de impacto social. “Estamos elaborando uma inteligência artificial que automatiza e digitaliza até 90% dos processos envolvidos na contratação desses estagiários”, explicou.

Ele destaca que o trabalho busca ser mais do que um recrutamento, oferecendo também capacitação. “Através das informações traçadas, ofertamos também cursos preparatórios para a nova economia, voltado aos estudantes da plataforma”, afirma.

Mas como funciona de fato?  “Ana recebe, entrevista e tria milhares de candidatos diariamente através de um chat disponibilizado no site. Ao final da entrevista, ela captura um vídeo currículo, facilitando a vida dos candidatos que não precisam mais entregar currículos físicos, ou participar de diversas entrevistas. Já os recrutadores, através da plataforma podem conhecer melhor o candidato, indo além das limitações de um currículo, e o melhor, sem taxas de seleção", explica Helder.

O projeto surgiu em um hackathon do Sebrae, no qual ficou na primeira colocação. “Fomos contemplados no programa Centelha da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), que vai conceder R$1,5 milhão para ideias inovadoras criadas no Estado. A aprovação de nossa plataforma aconteceu junto outros 27 projetos que também foram contemplados no Centelha. No nosso caso, somos uma startup de impacto social e temos como propósito a transformação de vidas através da educação e acesso ao primeiro emprego, por isso, é imprescindível que grupos como o nosso recebam apoio do Governo do Estado para levar essas ideias adiante que têm muito a acrescentar na sociedade”, explica o estudante. 

Agora, o projeto está em fase de comercialização, em busca de escala. O robô já tem clientes pagantes e agora a ideia é ampliar a capacidade de atendimento. 

Com a digitalização do processo, o tempo de contratação é acelerado em até 90%, afirma Helder. “Queremos seguir adiante para garantir que Feira siga como destaque no que sabe fazer melhor: gerar oportunidades”, diz..