Bolsonaro rechaça violência contra youtuber Karol Eller, diz porta-voz

Ela foi agredida em ataque homofóbico no Rio de Janeiro

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 19:26

- Atualizado há um ano

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O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo, afirmou nessa terça-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) repudia a violência sofrida pela youtuber Karol Eller, sua apoiadora, no final de semana. O porta-voz não fala em homofobia na mensagem - esse seria o motivo da agressão.

“O presidente rechaça qualquer tipo de violência. É nesse caminho, nessa toada de sensibilidade social e pessoal, que ele se coloca contra esse desqualificado ataque a essa cidadã”, afirmou o porta-voz.

Defensora do governo de Bolsonaro, a youtuber foi alvo de um ataque homofóbico em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo o colunista Leo Dias, do Jornal de Brasília, a agressão ocorreu no último domingo (15), quando ela estava acompanhada pela namorada. Karol foi agredida com socos e pontapés e chegou a desmaiar diante da brutalidade do ataque.

No Instagram, ela se pronunciou sobre o caso e pediu orações para sua recuperação. ''Gostaria que vocês lembrassem de mim com esse rosto! Deus está no comando de tudo! Agora estou sem condições de falar ou fazer vídeos explicando'', escreveu.

Ela ainda adiantou que, quando estiver bem, usará as redes sociais para se comunicar com seus seguidores. 

Karol Eller tem quase 270 mil no Instagram, rede social na qual costuma postar fotos com o presidente Bolsonaro, além dos filhos Eduardo e Carlos, e dos ministros Sergio Moro, Paulo Guedes e Damares Alves. (Foto: Reproduçao) Amigo da youtuber, o vereador Carlos Bolsonaro postou uma foto de Karol após a agressão em suas redes sociais. A vítima do ataque homofóbico também é muito próxima de Jair Renan, o filho caçula do presidente, e aparece com o rapaz em suas postagens na residência e no carro oficiais do presidente.

Recentemente, Eller também aproveitou para defender Bolsonaro em entrevista no canal de Antônia Fontenelle no YouTube. "Para mim, ele foi a única pessoa que defendeu minha história. Eu tentava contar e ninguém me ouvia. Eu me sentia suja, me sentia errada. Eu era culpada daquilo e era do demônio. Ele [Bolsonaro] pode ser o Shrek, aquele ogro que o Brasil precisa”, comentou.

Ela também disse que não vê diferença entre homofobia e preconceito. "Homofobia é alguém que não suporta alguém, ela é agressiva. Preconceito é quando você tem o pré-conceito da figura do gay. E conservadorismo é quando você não tem nenhum preconceito, mas também você não quer para o seu filho. Que pai que quer ter o filho gay?", questionou ela, que é homossexual assumida.