Bomba é atirada em torcedores do São Paulo e sete ficam feridos

Segundo PM, torcida organizada do Bahia foi responsável

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  • Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2019 às 23:36

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo

O empate sem gols entre Bahia e São Paulo, na noite desta quarta-feira (9), foi marcado por um episódio de violência no entorno da Fonte Nova. Antes do início da partida, um artefato explosivo caseiro foi atirado no local em que se concentrava a torcida do time paulista.

Ao site Globo Esporte, policiais do Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos (Bepe) relataram que sete pessoas foram feridas pelos estilhaços, entre elas três crianças. As vítimas foram atendidas por uma ambulância e liberadas logo depois.

O Bepe identificou dois membros da Torcida Organizada Bamor como supostos culpados pelo artefato explosivo. Ambos foram conduzidos para prestar depoimento na delegacia localizada dentro da arena. O presidente do grupo, Luciano Venâncio, os acompanhou.

Presidente da Bamor se defende

Em contato com o CORREIO, o presidente da Bamor negou que a bomba tenha sido atirada por pessoas da torcida. Segundo ele, a Polícia Militar teria abordado os integrantes de forma aleatória.

"Aconteceu este fato lamentável e uma tropa do Bepe pegou os dois primeiros que encontraram com a vestimenta da torcida, os apresentando na delegacia como autores. Logo após fui informado por telefone que o Bepe impediu a entrada de nossos materiais (faixas, bateria, bandeiras) e pediu para que os subordinados me encaminhassem à delegacia para prestar depoimento", relatou Luciano.

Segundo o presidente da organizada, há um acordo com a Polícia Militar de que ele deve se apresentar sempre que houver delito de algum integrante da Bamor podendo, inclusive, ser responsabilizado pessoalmente pelo ato.

Luciano disse que espera o resultado da análise das câmeras de segurança do estádio: "As investigações vão dizer a verdade. Se o responsável for integrante da Bamor ou não, que pague pelo ato e não a instituição Bamor e pessoas que não tenham nada a ver com isso".

"Estou lutando há anos por uma torcida de festa nas arquibancadas aproveitando esse momento bom do Bahia. Jamais iria compactuar com atos violentos como esse. Sou pai de duas crianças e as levo ao estádio também. Me doeu profundamente ver uma criança atingida por uma bomba", completou o presidente.

Bahia se pronuncia

O Esporte Clube Bahia se pronunciou sobre o episódio na manhã desta quinta-feira (10). O Esquadrão disse, por nota oficial, que tomará atitudes internas para punir os culpados.

"O assunto é absolutamente inadmissível, sobretudo em meio às ações do clube em prol do amor e do respeito às diferenças. A diretoria tricolor já abriu procedimento administrativo para identificar os envolvidos. Caso sejam sócios, respeitando o direito de defesa e em comprovando suas responsabilidades, adotará providências no sentido de aplicar punições pertinentes, conforme previsão estatutária", publicou o tricolor.