Brasil ainda sem resposta para a questão do desmatamento na Amazônia

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  • Andreia Santana

Publicado em 15 de dezembro de 2019 às 07:00

- Atualizado há um ano

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A Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP25) foi encerrada esta semana sem que o Brasil conseguisse mudar a opinião internacional sobre as suas políticas públicas para deter o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia. O país, alvo de críticas de ambientalistas e governos europeus desde julho, quando foram divulgados os primeiros números sobre a devastação da floresta tropical, teve uma participação pífia no encontro em Madri. 

Recebeu duas vezes o Troféu Fóssil, provocação de ambientalistas aos países considerados mais danosos ao meio ambiente, e ficou com uma incômoda fama de ‘interesseiro’ entre os líderes de grupos como o Greenpeace.

“O Brasil parece ter vindo aqui (em Madri) atrás de dinheiro. Não é o que você faria se estivesse preocupado com o futuro do planeta”, afirmou Jennifer Morgan, coordenadora da entidade.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, contribuiu para o aumento das críticas ao país no evento, pois bateu na tecla de que o Brasil merecia compensação financeira por preservar a floresta. Só que os números depõem contra a pasta de Salles.

O levantamento mais recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que de 01 a 30 de novembro deste ano ocorreram alertas de desmatamento em 563,03 km² do bioma amazônico, um aumento de 103,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com o Inpe, o número é o maior já registrado para o mês de novembro, desde o começo da série histórica de medições do órgão, em 2015. Desmatamento na Amazônia segue sem controle (Foto: Divulgação) O ministro, ao responder aos críticos do país na COP25, argumentou que os recursos pleiteados pelo Brasil são para as pessoas que vivem na floresta e precisam ser remuneradas pela sua conservação. 

Os povos da Amazônia, no entanto, incluindo as tribos indígenas que vivem em reservas na floresta, precisam é de mais segurança contra os madeireiros, grileiros e garimpeiros ilegais. 

A Pastoral da Terra divulgou que sete líderes indígenas foram mortos em 2019 na região amazônica e uma operação da Polícia Federal descobriu  um galpão de fabricação de armas e munições ilegais vendidas a garimpeiros que invadem as reservas indígenas. 

Com tantas estatísticas e notícias ruins vindas da Amazônia, fica difícil para o Brasil recuperar sua credibilidade ambiental e mais ainda, lucrar com isso. Recentemente, um grupo de 87 empresas europeias que administram ativos na casa dos 2,5 bilhões de libras, enviou carta ao governo brasileiro cobrando a interrupção do desmatamento. 

A floresta morta, além dos danos irreversíveis ao clima do planeta, também vai doer no bolso da nação. Casa de artista plástico foi invadida (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Obras de Calasans Neto somem de acervo

Treze obras de Calasans Neto foram furtadas do ateliê do artista plástico, em Itapuã. As peças levadas faziam parte de um conjunto com 33 obras de arte, que fariam parte de um memorial do artista aberto à visitação pública. A família deu queixa na polícia e também na Interpol, para dificultar a venda das peças no mercado clandestino de obras de arte. Calasans Neto morreu em 2006, aos 73 anos. É considerado um dos grandes artistas baianos, “referência da arte moderna”, nas palavras do também artista plástico Justino Marinho. ‘Mestre Calá’, como era chamado, também foi amigo de toda a vida e parceiro do escritor Jorge Amado ao ilustrar muitas dos livros do autor. O roubo causou comoção no meio artístico baiano. Entre as obras roubadas está a matriz da xilogravura Cavalo do Abaeté, de 1979. Greta Thunberg participou da COP25 (Foto: Cristina Quicler/AFP) O poder das palavras de uma ativista adolescente

A sueca Greta Thunberg pode ser ainda adolescente, mas não significa que não tenha uma voz de grande projeção e capaz de incomodar até gente bem mais velha que seus singelos 16 anos de vida. Eleita Personalidade do Ano pela revista norte-americana Time, a ativista ambiental, uma das precursoras das greves escolares em protesto pelas mudanças climáticas, foi chamada de ‘pirralha’ pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e ironizada pelo governante dos EUA, Donald Trump, que a mandou assistir um filme e relaxar com amigos, ao criticar a escolha da garota para a lista da Time. Greta, contundente em suas falas pelo meio ambiente e uma das presenças mais badaladas da COP25, não se deixou abater e aproveitou seus novos apelidos para atualizar as descrições de seu perfil no Twitter. Jovem, engajada e rápida na resposta! Motoristas de app fizeram protesto por colegas mortos (Foto: Betto Jr./CORREIO) Motoristas de aplicativo chacinados

Quatro motoristas de aplicativo foram encontrados mortos, em Mata Escura, depois de sofrerem tortura. Uma quinta vítima sobreviveu e, segundo contou à polícia, os cinco foram atraídos para uma emboscada ao atenderem chamados de corridas para a comunidade Paz e Vida. Um suspeito de ter participado da chacina foi morto em confronto com a Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana, neste fim de semana. A polícia monitora a RMS porque existe a suspeita de que os autores do crime fugiram para a região. As investigações para encontrar os autores e entender as motivações do crime  continuam. Em áudios de Whatsapp, circulou a informação de que as mortes seriam uma vingança porque motoristas de aplicativo teriam se recusado a aceitar a corrida para a mãe de um traficante, que passava mal. A polícia não confirma essa versão, mas a realidade é que muitos taxistas e motoristas de aplicativo de Salvador temem entrar em bairros considerados mais violentos. Justiça determinou retorno dos radares (Foto: Divulgação) Sem radar, as BRs são mais letais

1 – Perigo na Estrada – De 01 de agosto a 10 de dezembro, as estradas federais que cortam a Bahia registraram um aumento de 11% no número de mortes, em comparação ao mesmo período de 2018. Segundo as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 161 mortes, em 1.215 acidentes, no ano passado; e 179 mortos, em 1.196 acidentes, em 2019.

2 – Sem radares - O crescimento na letalidade dos acidentes coincide com o período em que as rodovias de todo país ficaram sem monitoramento por radares, após portaria assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, publicada em agosto, proibir o uso dos equipamentos na fiscalização.

3 – Portaria suspensa – A Justiça Federal, no DF, determinou que a portaria presidencial fosse suspensa e os radares voltassem a operar, sob risco de multa de R$ 50 mil diários. Um valor até pequeno, se comparado ao número de vítimas. Ministro afirmou que fez pesquisa no Google para acusar federais (Foto: Agência Brasil) O ministro e o Google

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de audiência na Câmara para esclarecer suas afirmações a um site de notícias, de que as universidades federais brasileiras plantariam maconha e produziriam metanfetamina nos seus laboratórios de ciências. A Andifes, a associação que reúne os reitores das federais, entrou na Justiça com uma ação de calúnia e difamação. À Câmara, Weintraub não apresentou nenhuma prova oficial das alegações, apenas um conjunto de impressos com uma pesquisa que, segundo ele, fez no Google, em fontes desconhecidas.

Frase: Antonio Pitanga afirma que apoia os filhos em tudo (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) "Os filhos vêm da gente e depois eles andam com as próprias pernas e criam asas para o mundo. Nenhum pai ou uma mãe é dono de um filho. Está aprovado o namoro, sempre. O que os meus filhos fizerem, eu vou aplaudir e abençoar", Antonio Pitanga.O ator de 80 anos deu o seu total apoio para o namoro da filha, a atriz Camila Pitanga, com a artesã Beatriz Coelho. As duas começaram o relacionamento há um ano, mas só em novembro tornaram o namoro público.

 ‘1984’: clássico de 70 anos que permanece atual

A distopia ‘1984’ completou 70 anos agora em 2019 e, essa semana, a editora Companhia das Letras divulgou nas suas redes sociais o lançamento de uma nova e completa edição da obra, com direito a ensaios e artigos sobre o clássico de George Orwell. O livro já vendeu milhões de cópias desde 1949 e voltou a figurar nas listas de mais vendidos de todo o mundo desde 2017, após a eleição de Donald Trump nos EUA, e não saiu mais até hoje.  Como bem define a editora que publica o livro no Brasil, “1984 é o livro ao qual nos voltamos sempre que se mutila a verdade, distorce-se a linguagem e viola-se o poder”.

*Em Dezembro, durante as férias do editor Divo Araújo, a Entrelinhas será assinada pela subeditora Andreia Santana.