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Agência Brasil
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 09:53
- Atualizado há 2 anos
A delegação brasileira conquistou cinco medalhas e outras premiações na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (Olaa), que aconteceu na última semana no Uruguai. São os melhores resultados do país desde a criação da competição em 2009. Com o resultado, o país alcança a marca de 16 medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze na história da Olaa. A equipe brasileira foi selecionada com base na pontuação obtida na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), de 2013.>
“Desde que recebi o convite para a seleção, me empenhei muito, era um sonho. Quando fui selecionado, fiquei muito orgulhoso em representar o meu país, e nos preparamos muito bem para isso”, disse o medalhista de ouro Romero da Silva, de 17 anos, de Itabira (MG). Ele está no 3º ano do ensino médio e já se decidiu por estudar engenharia aeroespacial na faculdade.>
Nesta 6ª edição da Olaa, o Brasil conquistou três medalhas de ouro e duas de prata. Todos da equipe ganharam ainda o prêmio especial de melhor prova individual, por terem gabaritado os exames. Além de Romero, o ouro também ficou com os estudantes Rafael Charles Heringer Gomes, de Mogi das Cruzes (SP), e Wagner Fonseca Rodrigues, de Belo Horizonte (MG). Carolina Lima Guimarães, de Vitória (ES) e Lucas Hagemaister, de Porto Alegre (RS) ficaram com a prata. O grupo foi liderado pelos professores e astrônomos, João Canalle, coordenador da OBA, e Júlio Klafke.>
O estudante Rafael ainda recebeu o prêmio especial de melhor prova em grupo e melhor prova de foguetes. Por eleição, feita entre todas as delegações, Carolina também recebeu o título de melhor companheira da olimpíada. “Chegamos lá com muitas músicas para apresentar, conversando com todo mundo no ônibus, dançando, mostrando essa cultura bem brasileira. Mas quem acabou me ensinando a sambar foi uma colombiana”, disse a estudante, de 17 anos, revelando os motivos para o seu título.“Foi uma semana maravilhosa. O nível de pressão e as provas estavam mais fáceis do que esperávamos. Tínhamos bastante tempo livre, era divertido, a organização se preocupou muito com a integração entre os estudantes”, explicou Carolina.>
Estudante do 3º ano em um instituto federal, ela se apaixonou pela área de exatas desde cedo. “Faço a OBA desde pequena, dede o 3º ano do [ensino] fundamental. Fazia por diversão, sem obrigação ou responsabilidade e acabei gostando. Com certeza foi o que fez me interessar pela área”, disse a estudante.>
Além dos conhecimentos adquiridos com a OBA, antes da viagem, os alunos tiveram uma preparação intensa. Em Passa Quatro, Minas Gerais, a delegação brasileira se preparou com grupos de estudos, oficinas de atividades e observação do céu noturno, com e sem instrumentos, resolução de exercícios e realização de provas simuladas. Eles aprenderam também a montar e a manusear dois tipos de telescópios.>
As provas da olimpíada foram divididas em partes teórica, prática e de reconhecimento do céu, com etapas individuais e em grupo. Os estudantes participaram ainda de uma competição de lançamento de foguetes em grupos multinacionais.>
A olimpíada internacional promove o intercâmbio de conhecimento entre os jovens, não só em astronomia, mas sobre culturas e idiomas dos diversos países. “Foi uma experiência culturalmente interessante. Aprendemos novos costumes, línguas, maneiras de pensar, trocamos presentes, coisas simples que representam os países, como moedas”, disse Romero.>
As delegações já se organizaram e montaram um grupo no Facebook para trocar fotos e não deixar o contato acabar.>