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Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2022 às 15:37
Com uma quantidade menor devido a festa de Santa Bárbara, que ocorreu na manhã deste domingo (4) no Pelourinho, em Salvador, a 3ª Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas aconteceu na orla da capital baiana.>
Saindo do Cristo da Barra, em direção às esculturas das "gordinhas de Ondina", mulheres de todas as idades gritavam pelo fim da violência, do machismo e das mortes diárias que muitas ainda sofrem em casa e nas ruas. A reunião ocorreu não só em Salvador, mas em diversos lugares do Brasil e também no exterior. >
Foram 21 dias de manifestação pelo fim da violência. Mulheres que são mortas apenas por serem do gênero feminino e meninas que são estupradas diariamente por pessoas da família, essas e outras causas foram colocadas em pauta na caminhada. >
Para a médica geriatra e secretária de Políticas Para as Mulheres (SPM), Julieta Palmeira, integrante do movimento desde a década de 70, a reunião neste domingo foi importante para conscientizar a sociedade que muitas mulheres ainda são agredidas por motivos banais. "Eu sou geriatra e posso dizer que existe um grau gigantesco de violência nas mulheres mais velhas. A gente tem que pôr um fim a essa violência de gênero. Além disso, temos crianças sofrendo violência sexual e isso tem afetado os menores de forma brutal. Precisamos punir os agressores e assediadores, fazer política concreta para acabar com o machismo e misoginia", comenta. Um dos integrantes da Mobilização Social Mulheres Vítimas de Violência, vereador Leandro Guerrilha, esteve na caminhada para representar os homens. Para ele, é importante que o agressor seja punido de forma rápida e que as leis sejam duras. "Precisamos tirar esses homens do anonimato, combater essa violência que assola o Brasil inteiro e proteger essas mulheres. Homens agressores, machistas, não passarão", finaliza. >