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Candidatos à prefeitura apresentam gastos de campanha abaixo do volume


 

  • Jairo Costa Jr.

Salvador
Publicado em 13/11/2020 às 09:40:00
Atualizado em 23/05/2023 às 15:01:02
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Quase todos os candidatos à prefeitura de Salvador apresentam gastos de campanha abaixo do volume de verbas recebidas por meio do Fundo Eleitoral destinado aos partidos, doações de pessoas físicas e recursos próprios, segundo levantamento feito junto ao TSE. Às vésperas do primeiro turno, Bruno Reis (DEM) havia arrecadado ao todo R$ 11,9 milhões, ante R$ 7,16 milhões de despesas contratadas com fornecedores. O que representa um superávit de quase R$ 4 milhões. Pastor Sargento Isidório (Avante) obteve R$ 2,38 milhões para bancar a campanha, mas informou gastos de apenas R$ 1,26 milhão, cerca de metade do valor arrecadado. Olivia Santana (PCdoB), cujas receitas somavam até ontem R$ 1,51 milhão, possui despesas de R$ 1,18 milhão. 

Freio no caixa De acordo com o TSE, Hilton Coelho (Psol), Bacelar (Podemos) e Cezar Leite (PRTB) receberam R$ 355,9 mil, R$ 119,6 mil e R$ 83,5 mil, respectivamente, para despesas de R$ 77,5 mil, R$ 112,5 mil e R$ 26,2 mil.

Fora da curva Da lista, só a candidata do PT, Major Denice, registra déficit de campanha. No último balanço disponibilizado pelo sistema de divulgação de contas eleitorais, o montante arrecado pela petista totalizava R$ 1,87 milhão, mas as despesas contratadas por ela somavam R$ 2,27 milhões. Rodrigo  Pereira (PCO) registrou R$ 1 mil em caixa, mas sem  gasto informado. Já Celsinho Cotrim (Pros) não contabiliza receitas nem custos de campanha.

Passagem limitada Donos de escolas particulares de Salvador foram informados pela prefeitura sobre a decisão de liberar as aulas presenciais no início do próximo ano letivo. Entretanto, a rede privada terá que se adequar aos novos tempos. O modelo de salas cheias de alunos e turnos concentrados está abolido enquanto não houver vacina disponível para covid.

Vassourada parlamentar Embora ainda não tenha formalizado a saída do deputado estadual Marcell Moraes (PSDB), cassado pelo TSE em 27 de outubro, o presidente da Assembleia, Nelson Leal (PP), exonerou ontem todos  servidores nomeados pelo tucano na Casa.

Guerra de titãs Os movimentos no setor de logística sinalizam para uma disputa dura entre duas gigantes do transporte ferroviário pela concessão da Fiol. Tanto a Rumo, braço da Cosan, quanto a VLI, que tem a Vale como sócia, se preparam para duelar de forma acirrada pelo trecho entre Caetité e Ilhéus. Um ingrediente deve apimentar ainda mais o confronto: a vontade da VLI de devolver a derrota sofrida em 2019 para a Rumo, vencedora do leilão do tramo da Ferrovia Norte-Sul que liga Estrela D’Oeste, em São Paulo, a Porto Nacional, no Tocantins.

Faca nos dentes A previsão é de que a Vale entre na briga pela Fiol com sangue no olho, seja em voo solo ou em aliança com a VLI, que já opera o trecho da Norte-Sul entre Porto Nacional e Açailândia, no Maranhão."O Amapá ainda pede socorro. A situação não foi normalizada. Há muitas regiões com problemas. Importante lembrar que a empresa responsável por fornecer  energia é privada" - Alice Portugal, deputada federal pelo PCdoB da Bahia, ao atribuir o apagão do estado ao modelo de privatização no setor energético.